Pensar muito as vezes me faz bem e as vezes me faz mal. Acho que, pra minha felicidade, nasci como um ser pensante e isso ninguém precisou me ensinar a fazer. Acho também que pensar é uma característica genética que herdamos de nossos pais. Sou de uma família de pensadores natos, pensadores dos bons. Mesmo quando as aventuras do meu pensamento me fazem mal elas ainda são positivas. Meu pensamento corre mais rápido do que o da maioria. Sabe aquela expressão que diz que enquanto Fulano vai com a farinha, Sicrano já vem com o bolo pronto? Minha cabeça é quase sempre assim com a maioria das pessoas a minha volta. Poucas se salvam.
Por causa disso sinto muito a falta dos meus irmãos aqui por perto. Até as piadas que eu faço muitas vezes eu preciso explicar e elas perdem a graça. Quando conto uma piada pra Manuela ou Breno, eles chegam a completar o meu raciocínio. É como aquelas pessoas com as quais você se comunica através da mente, sem precisar das palavras. Alguns amigos são assim também. As vezes eu acho que é por isso que tenho poucos amigos. Preciso estar por perto de pessoas que pensam no meu ritmo, que me acompanham, e isso não é fácil.
Estou falando essas coisas nesse momento por que estou um pouco agoniada. Tenho muito trabalho a fazer e muitas pessoas ao meu redor dependem desse trabalho. As vezes queria apenas que essas pessoas se afastassem e me desses espaço para construir meu raciocínio. Ao invés disso respondem meus questionamentos sem prestar atenção nas perguntas, me explicam o óbvio e no final ainda me tratam como se eu fosse a burra da história. Isso tudo pra daqui há dois ou três dias, quando eu tiver, mais uma vez cumprido um prazo na metade do tempo esperado alguém vire pra mim e diga "Mas você é danadinha, hein?". E eu, pra não sair de grossa, dou uma risadinha sem graça e penso, mais uma vez: danadinha não, sou inteligente mesmo.
Obs.: depois de ler o texto achei que poderia estar um pouco pedante. Ia apagar tudo quando, pensando mais um pouquinho, resolvi deixar o original sem retoques. Ando em uma fase em que quero ser verdadeira comigo e com os outros e para isso preciso dizer o que penso de verdade, sem meias palavras. Sei fazer rodeios e florear palavras ofensivas de uma maneira que você pode até achar que são elogios, mas não quero mais isso. Não por enquanto.
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