"A palavra vale prata, mas o silêncio vale ouro" dizia o senhor Luiz Francisco, meu pai. Dona Kátia Maria, como uma boa mãe, sempre foi mais direta: "Cala a boca, menina, por que calada você já está errada!".
Lições que vem da infância e que, quase sempre, eu levo comigo por onde eu vou. Cada dia mais eu penso antes de abrir a boca. Falo besteira, faço piada com os meus amigos, mas fora isso ando cada vez mais muda. Três fatos aconteceram nos últimos meses. Três vezes eu falei o que achava e três vezes me arrependi. Descobri coisas interessantes sobre o ser humano, no entanto, mais algumas lições para se juntarem aos ensinamentos dos maus pais.
Primeiro: ninguém quer a sua opinião, não de verdade, nem mesmo quando te pedem. E o mesmo serve para o seu conselho.
Segundo: se pra se safar de algum problema uma pessoa precisar "parafrasear" uma frase que não é exatamente sua, ela vai fazer.
Terceiro: as pessoas só se lembram das partes do seu discurso que elas querem lembrar. E das que precisam para se sentirem bem.
Quarto: ninguém pensa exatamente como você, mesmo quando diz que pensa.
Quinto: no final, errado é quem ouve os problemas dos outros e depois diz o que pensa e dá conselhos.
Resumo (e esse é um conselho, quer você queira ou não): se for seu amigo, ouça os problemas, dê colo, carinho e o que quer que você queira mais, menos a sua opinião. Você pode se arrepender. E se for só alguém que você conheceu, manda procurar um psicólogo.
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