Quando a gente sai do mundo da gente pra um mundo novo, tudo muda. A nossa maneira de ver as coisas, de lidar com as coisas, a maneira como os outros nos vêem, o nosso comportamento. Tudo muda mesmo.
Mudanças são legais mas são difíceis. Manter a própria identidade durante um grande turbilhão é mais difícil do que parece. Mesmo pra quem gosta das mudanças. Eu gosto muito. É difícil também conviver com as inseguranças das mudanças. Com o que falta, com o que sobra, com as novidades.
Depois de uma imersão em mim mesma, procuro de volta a superfície. Uma identidade perdida, escondida, meu lugar no mundo. Eu preciso lembrar que ele existe. As vezes eu acho engraçado como a insegurança vem com o tempo e não o contrário. Acho que muitas vezes nós temos muito mais certeza quando não sabemos quantas coisas podem dar errado.
Hoje eu decidi buscar coisas novas. Não mudanças, novidades. Eu esqueci como é bom ver o mundo como se fosse a primeira vez. Eu esqueci como é bom aproveitar os pequenos prazeres. A gente cresce e esquece de experimentar a vida. Não quero essa vida adulta, da rotina sem graça, de viver empurrando com a barriga pra chegar no próximo mês, de pagar as contas e esperar para pagar de novo.
Parece clichê mas eu adoro a história da fênix. Essa coisa de renascimento dá esperança, faz a gente pensar que é possível. Eu sempre acho que é possível, mas as vezes a gente cansa. E é esse cansaço que leva pro próximo nível, que faz a gente ver que tem que começar de novo. Por que a vida é isso, né? Começa e recomeça e recomeça. Até que um dia termina, mas eu acho que ainda estou longe do fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário