terça-feira, 27 de abril de 2010

Pensamento pedante

Pensar muito as vezes me faz bem e as vezes me faz mal. Acho que, pra minha felicidade, nasci como um ser pensante e isso ninguém precisou me ensinar a fazer. Acho também que pensar é uma característica genética que herdamos de nossos pais. Sou de uma família de pensadores natos, pensadores dos bons. Mesmo quando as aventuras do meu pensamento me fazem mal elas ainda são positivas. Meu pensamento corre mais rápido do que o da maioria. Sabe aquela expressão que diz que enquanto Fulano vai com a farinha, Sicrano já vem com o bolo pronto? Minha cabeça é quase sempre assim com a maioria das pessoas a minha volta. Poucas se salvam.

Por causa disso sinto muito a falta dos meus irmãos aqui por perto. Até as piadas que eu faço muitas vezes eu preciso explicar e elas perdem a graça. Quando conto uma piada pra Manuela ou Breno, eles chegam a completar o meu raciocínio. É como aquelas pessoas com as quais você se comunica através da mente, sem precisar das palavras. Alguns amigos são assim também. As vezes eu acho que é por isso que tenho poucos amigos. Preciso estar por perto de pessoas que pensam no meu ritmo, que me acompanham, e isso não é fácil.

Estou falando essas coisas nesse momento por que estou um pouco agoniada. Tenho muito trabalho a fazer e muitas pessoas ao meu redor dependem desse trabalho. As vezes queria apenas que essas pessoas se afastassem e me desses espaço para construir meu raciocínio. Ao invés disso respondem meus questionamentos sem prestar atenção nas perguntas, me explicam o óbvio e no final ainda me tratam como se eu fosse a burra da história. Isso tudo pra daqui há dois ou três dias, quando eu tiver, mais uma vez cumprido um prazo na metade do tempo esperado alguém vire pra mim e diga "Mas você é danadinha, hein?". E eu, pra não sair de grossa, dou uma risadinha sem graça e penso, mais uma vez: danadinha não, sou inteligente mesmo.

Obs.: depois de ler o texto achei que poderia estar um pouco pedante. Ia apagar tudo quando, pensando mais um pouquinho, resolvi deixar o original sem retoques. Ando em uma fase em que quero ser verdadeira comigo e com os outros e para isso preciso dizer o que penso de verdade, sem meias palavras. Sei fazer rodeios e florear palavras ofensivas de uma maneira que você pode até achar que são elogios, mas não quero mais isso. Não por enquanto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Estava precisando de inspiração nos últimos dias. Não uma inspiração para escrever ou algo do tipo, mas para a vida como um todo. A rotina acaba podando a nossa impulsividade e a vontade de fazer certas coisas. E uma dor de estômago pode ajudar muito a rotina.

Ontem o dia foi inspirador. Não sei explicar direito porque. Não quero entender muito também não. Algumas coisas tem que acontecer assim, sem motivo aparente e sem muita lógica. Só desse jeito a gente consegue seguir acreditando.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Você já pensou no legado que está deixando? Tudo bem, talvez legado seja uma palavra forte para alguém na sua idade, mas já pensou nas impressões que deixa nas pessoas que passam pela sua vida? O que você faz constrói, contribui para alguma coisa? As pessoas que você conhece, tendo ou não contato com elas, lembram de você pelo seu lado bom ou pelo seu lado ruim? Ou não lembram de você at all?

Estava lendo um dia desses uma reportagem sobre um personagem famoso e sua vida. Na resumida biografia contavam rapidamente por onde ele tinha passado desde os tempos de juventude e o que havia feito. Falava de pessoas que ele conheceu naquela época e que, assim como ele, estão em destaque hoje em dia. Citavam cada um de seus pequenos feitos e mostravam como estes o tornaram grande. Não acho que ele nasceu com sucesso. Nem acho que ele começou a carreira sendo um gênio. Pode até ter rolado uns momentos de sorte, mas acredito muito mais numa pessoa que ama o que faz e quando o faz é com tanta dedicação que o fruto deste trabalho não pode ser nada menos do que genial. O reconhecimento não vem apenas pelo seu trabalho, mas pelo seu trabalho realizado com amor e afinco. E, pode ter certeza, cada pessoa que cruzou o seu caminho lembra de tê-lo feito.

Assim que terminei de ler o texto parei pra pensar. Pensei em pessoas que eu conheço que poderiam seguir uma trilha como a dele - não necessariamente na mesma área, mas pessoas que crescem a cada nova etapa, novo trabalho. Pensei em outras também que até poderiam ser citadas numa estória dessas, mas apenas como figurantes ou coadjuvantes de segunda. Não estou falando de fama como dos artistas, mas de uma fama mais concreta. Não de uma idolatria pela imagem da pessoa, mas pelas suas ações. Você já pensou nisso? Já pensou se a sua vida faz sentido para mais alguém? Se suas atitudes servem de exemplo? Se suas ações ajudam ou atrapalham quem está em volta? Se você vai passar pela vida e ficar na lembrança dos que te conheceram ou se vai passar tão de leve que nem marcas na areia os seus pés vão deixar?