sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Será que um dia os homens vão parar pra prestar atenção no que a gente fala? Dá tanto trabalho ter que falar dez vezes uma coisa pra eles só perceberem do que se trata na décima primeira... E o pior de tudo é a surpresa quando eles finalmente entedem.

"Mas como pode ser????" ou "Por que você não me disse antes????", eu escuto.

Mesmo querendo responder um sonoro "Vá a merda!", eu ainda dou a ousadia de responder "Mas meu amor, faz quinze dias que eu estou te dizendo isso e você só me responde aham."

Enfim, coisas da vida.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Simplificar o complicado, entender o inteligível, tornar informações truncadas acessíveis, encontrar caminhos curtos para percorrer longas distâncias, listar e indexar essas informações de maneira que qualquer pessoa possa encontrar depois. Tudo isso no menor tempo possível, pois o que importa são os resultados.

E o pior de tudo: eu gosto!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"E um dos indiretos modos de entender é achar bonito"

Clarice Lispector

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu adoro as pessoas que inventam os feriados. Deveria ter um feriado em homenagem a elas!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Eu sou o tipo de pessoa que perde o carro no estacionamento. Minha memória é relativa e extremamente seletiva e quase sempre quando eu estaciono o carro estou pensando em várias coisas, menos em onde estou estacionando o carro. Na volta pra casa, saindo do shopping cheia de sacolas (no mercado pelo menos tem o carrinho) é que bate o desespero: onde está o carro?

Já fiquei até uma hora rodando no estacionamento do Aeroclube para achar um carro uma vez. Saí do carro, olhei onde tiha estacionado e não era muito difícil, dava pra ver de longe. O problema foi que quando saí do cinema o estacionamento já estava lotado e não era mais tão fácil assim. Então apelei para o alarme e rodei todo o estacionamento apertando o botãozinho pra ouvir o carro fazendo barulho. Infelizmente demorou um pouco mais do que de costume por ser um estacionamento aberto e estar rolando o maior forró na praça de alimentação.

Algumas pessoas ficam irritadíssimas com essa minha habilidade de perder carros e então eu ainda aproveito pra pirraçar.Na hora de buscar o carro, quando me perguntam aonde eu o deixei, respondo:
- Tá fácil, do lado de uma Ranger enoooooorme e toda preta! Só tem essa estacionada lá!

Fora isso criei uns truques pra evitar maiores problemas: sempre escolho o mesmo andar e a mesma entrada, evitando assim o problema de ir pro lugar onde coloquei o carro da ultima vez e não dessa. Isso já aconteceu mais de uma vez. Já rodei durante algum tempo um G2 inteiro procurando o carro que estava no G1, ou olhando na saída de um lado quando o carro estava na saída do outro lado.

De qualquer maneira, quando nada mais da certo, eu apelo pro controle do alarme. Ele sempre me salva!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cheguei a conclusão que segunda é o dia oficial do mau humor. Nunca fico tão mau humorada quanto na segunda-feira. Nada é bom, nada parece certo. Ainda não entendi bem, mas acho que tem a ver com a volta da rotina de acordar cedo.

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E lá vem dezembro com sua costumeira zica. Todo ano em dezembro algo se passa com a minha saúde. Posso estar na melhor forma possível, mas a chegada do ultimo mês do ano acaba me derrubando. Este ano é a vez de artrites e dores de coluna. Tava com uma inflamação tão punk nas articulações do maxilar que pensei que era uma infecção de ouvido que tinha passado para tudo em volta. Parecia que eu estava com caxumba. Dois dias depois e a dor tinha migrado para as pernas. Depois para a coluna. Deve continuar assim, nômade, até perto do dia 25.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Trabalhar com o que a gente gosta, sabe e faz bem é a melhor coisa do mundo. Os dias passam na velocidade perfeita, a gente chega em casa cansado mais com a sensação de ter acrescentado mais uma coisa em algum lugar. Toda a vida fica mais alegre.

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Depois de encher esse blog com as minhas paranóias de estar gorda é com inenarrável prazer que comunico a perda de alguns dos quilinhos extras que carregava comigo há alguns meses já. Nem todos me deixaram ainda, mas cerca de 4 ou 5 deles já foram para o espaço. Tá vendo como trabalhar bem faz bem?

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Quase arranco um tampo do meu dedo mindinho esquerdo com um cortador de queijo (tá, eu tb não entendi bem como eu consegui fazer isso, ok?). O pior foi ouvir depois: "Por que não nunca presta atenção no que está fazendo?" Injusto o nunca, mas tudo bem. Eu nasci sem modos e por mais que eu tente isso nunca (e é aqui que ele se encaixa) vai mudar.

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Estou pensando em entrar no Twitter. De novo, pq da primeira vez não consegui postar nem uma letrinha se quer. Quem sabe agora vai?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As pessoas estão desistindo dos blogs. As vezes eu também penso em desistir, mas ainda não tive vontade. Desisti do fotolog, o que já foi um grande passo. Nunca postei nada interessante nele mesmo. Continuarei firme e forte aqui até achar que não preciso mais. Ainda penso que a minha falta de assunto se deve a um período de suspensão que estou vivendo. Resolver coisas deixa a cabeça cansada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Acho que o ar condicionado pode ter congelado meu cérebro, além dos meus dedos.
Não consigo me concentrar no trabalho. Simplesmente olho pra tela do computador e não sei o que fazer. Resolvi voltar um pouquinho pra minha terapia aqui e ver se as coisas melhoram. Pra coroar a falta de concentração, meu vizinho de sala colocou um cd da Timbalada num volume quase indecente. Isso aqui ta parecendo carnaval. Vou experimentar tomar outra xícara de café e ver se eu me encaixo na regra da ultima pesquisa que vi sobre café de que um pouco de café com leite de manhã aguça o raciocínio.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ando naqueles momentos de falta de isnpiração para escrever. Estou canalizando as minhas forças todas para o trabalho e meu cérebro parece que não consegue funcionar se não for pra isso. Passei o feriado todo dormindo. Fui rapidamente no cinema no domingo de tarde, mas o resto do tempo todo foi só para dormir. Preciso estabelecer uma rotina mínima para minha cabeça voltar a funcionar completamente.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Já acostumada a nova rotina, volto às minhas postagens habituais.

Assim que saí do último emprego e recebi minha recisão, separei uma parte para comprar umas coisinhas e alegrar a minha vida. Uma das coisas que eu precisava era calça jeans. Como sempre compro calça jeans na Zara, não achei que tivesse necessidade de mudar. Entrei lá e, como dei uma engordadinha nos ultimos tempos, peguei ao invés do nº38, o nº42. Não entrou. Nenhuma. Na verdade, as que subiram não fecharam. Entrei em desespero. O nº42 já era pra não ter esse tipo de surpresa. O pior de tudo, das calças com modelos legais não tinha nenhuma n°44. Um absurdo. Saí de lá arrasada. Até reclamei com a funcionária. Mostrei pra ela a calça que eu estava usando e disse: "Como é que eu estou com uma calça 38 daqui e a 42 nem sobe?" Ela veio com aquela história de modelagem e bla bla bla mas não colou muito. Entrei em outra loja e comprei duas calças. Bonitas e que cabiam em mim. As duas nº44. A depressão já tomava conta de mim quando entrei em outra loja para comprar um sutiã. Lá a numeração não á tradicional, é só P, M ou G. Como conheço meu tamanho (ou achava que conhecia), pedi logo um G para não ter surpresas. Saí de lá com um GG. Bem, pra não chegar no parapeito do 3º piso da praça central do Shopping Barra e me jogar de lá de cima, resolvi que estava na hora de ir pra casa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Rotina

Bem, com a vida um pouco mais calma aos poucos volto à algo parecido com rotina. Essa vida de dona de casa + trabalhadora do Brasil está me deixando exausta. Só pra vocês terem uma idéia, ontem foi assim...

... cinco e meia da manhã toca o despertador. Levanto pra passar a camisa da farda do marido que está indo trabalhar enquanto ele se arruma. Às seis levo ele até o ponto com o cachorrinho e volto pra casa. Adiantar o almoço antes do trabalho poupa muito tempo nas 2 parcas horas de descnço do meio do dia, então faço um arroz com brócolis e deixo o bife para passar na hora de comer. Saio para o trabalho e não paro até o meio dia. Antes de ir pra casa, uma passada no sapateiro para deixar uma sacola com seis pares que precisam de vários concertos.Até explicar tudo pro rapaz, já se passou meia hora. Chegar em casa e fazer o bife e uma batatinha cozida no microndas (é um espetáculo, em dez minutos batatas perfeitas para o consumo). Começo a ver "Medium" na tv a cabo. Saio de casa faltando cinco minutos para as duas, em cima da hora. Bom é que o novo trabalho é a exatamente cinco minutos de casa. Trabalho a tarde inteira como uma condenada. Saio às seis e volto em casa por dez minutos para comer um sanduiche. Passo na locadora para deixar os filmes que tinham que ter sido entregues no domingo. Engarafamento looooouco para pegar o marido que volta as sete. Atraso por causa do engarrafamento e mau humor dele por causa da espera. Ele me deixa (já atrasada) num curso que preciso fazer para o trabalho novo. Quinze pras dez e eu ligo para pedir que ele vá me buscar. Pelo menos a essa altura o mau humor já foi embora. Um amigo passa lá em casa, compramos umas cervejinhas no bar da esquina e pedimos uma pizza. À meia noite e meia estou indo dormir...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mudando de emprego e de rotina. Vida nova e ainda meio atrapalhada. Assim que as coisas voltarem aos eixos serão muitas as novidades.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ia postar um texto massa que eu tô escrevendo mentalmente há um tempão. Não vou conseguir. Parece que aquela nuvenzinha cinza de desenho animado está na minha cabeça. E eu que acordei, mesmo madrugando, de ótimo humor. Mas foi só isso. Depois das 7 da matina nada mais foi muito bom mesmo. Vou fazer força para que o dia termine, pelo menos, suportavelmente.

É a vida.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quando eu não tenho nada pra fazer na frente do computador e quero matar o tempo, fico lendo o site da globo.com. Descobri há alguns meses uma sessão chamada Planeta Bizarro, a minha preferida. Nela estão as noticias mais ridículas que podem existir. Quase todas são sobre sexo. Aí a gente vê como o sexo leva as pessoas a fazerem as coisas mais sem noção possíveis!

Coisas tipo um casal de 40 anos que resolveu sair da rotina e fazer sexo numa lata
de lixo, daquelas grandonas, nos EUA. Foram assaltados.

Tem um monte sobre homens vestidos de mulher ou nús fazendo várias coisas.

Um ladrão de bonecas infláveis que assaltou três vezes a mesma sex shop. E sempre roubou a mesma boneca da mesma marca.

Uma mulher que abusou sexualmente de um ladrão que entrou no seu salão por três dias. A notícia apareceu por que o ladrão foi na polícia denunciar a moça.

Outra que obrigou um homem a lhe prestar favores sexuais usando uma chapinha, daquelas de alisar o cabelo. E toda vez que ela não ficava contente com o empenho do rapaz, queimava a orelha dele.

Pode uma coisa dessas?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eu fico impressionada como cada dia mais as pessoas se acham habilitadas para fazer mais coisas. Hoje em dia, com a ajuda do google, temos os web-especialistas em diversos assuntos. Não há nada que se faça e que não apareça um web-crítico para dar a sua opinião superficial e dispensável. Não entendo ainda quais são as suas bases para falar coisas tão absurdas quanto as que eu leio por ai.

Eu sou completamente a favor da liberdade de expressão da opinião publicamente. Acho que todo mundo pode opinar, dizer o que acha, o que sente sobre determinado assunto. A diferença é a maneira como cada um faz isso. Uma coisa é ver um vídeo, gostar ou não gostar. Outra é analisar figurino, luz e câmera e dizer como o diretor podia ter feito para ficar melhor. Antes de tudo, isso é falta de respeito com qualquer profissional.

O caso então é abstrair as opiniões vazias dos recalcados que queriam ter feito mas alguém veio e fez antes e melhor do que eles fariam. Sei que é difícil, pra mim é extremamente difícil. Sempre acabo querendo xingar um f.d.p desses, mas normalmente, além de tudo, eles são anônimos.

Vai entender a cabeça dessa galera!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Harry Potter e a TPM

Uma semana neurótica sem nenhum motivo aparente. É preciso muito jogo de cintura para entender que as maluquices que você anda pensando e sentindo não pertencem exatamente a sua cabeça ou ao seu corpo das outras três semanas normais do mês. Cada dia que passa eu entendo mais porque a TPM é atenuante para crimes, hediondos ou não.

Os momentos PMD se multiplicam de forma intensa e cada vez mais drástica. Chegar em casa num mau humor que passa depois de lavar uma pia de louças (sim!) se sentir completa e realizada é normal? Dar uma cotovelada em alguém e ainda querer que te peçam desculpas? E de repente começar a chorar do nada por que a vida é muito triste? Aí, quando paro um minuto para ler Harry Potter tudo muda e a única coisa que importa naquele momento é como Harry vai conseguir matar Vol... Aquele-que-não-deve-ser-nomeado.

O pior de tudo é que quando termino mais um capítulo do livro final de Harry fico um pouco mais depressiva, o que nesses dias é extremamente perigoso. Quem irá me salvar dos meus dias de TPM quando Harry terminar?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Será?

Será que eu sou maníaca-depressiva ou são só os hormônios da TPM mesmo?











Acho que toda mulher é um pouco PMD por causa dos hormônios...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Estou super animada nesses ultimos dias. Andei lendo algumas coisas sobre as ultimas notícias da moda pra poder voltar a minha velha forma fashion e não sei se aguento até o fim do mês para começar a me reciclar. Estava dando uma voltinha no shopping aqui perto do trabalho e me animei ainda mais. Os preços estão ótimos.

Como eu já disse em outras ocasiões, meu tamanho aumentou ligeiramente e metado das minhas roupas não cabe mais. E de que adianta ter um guarda-roupa lotado de roupas que não te servem? Nada! Então estou num processo de renovação que vai me dar espaço para novas coisas. Estou pesquisando bastante para pode gastar o meu orçamento da melhor maneira possivel e comprar o máximo de coisas que eu conseguir.

O único problema é que isso deve demorar ainda um mês. Enquanto isso eu vou provar todas as minhas roupas milhares de vezes pra ver o que eu ainda quero e o que vai ganhar novas donas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cansada e com sono. Esse negócio de fazer farra no meio da semana nunca da certo. NUNCA! E olha que a farra nem foi ontem...

Estou ficando velha.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Magic and Loss

"There's a bit of magic in everything. And then some loss to even things out."
- Lou Reed

Inventei de ouvir esse cd e estou cada dia mais impressionada. As letras são realmente incríveis. Para quem não entende muito inglês, a frase diz algo como: "Existe um pouco de mágica em tudo. E então alguma perda para equilibrar as coisas."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Os incomodados que se mudem"

Pode ser que muita gente ache errado, mas eu acho que essa é uma das frases mais certas que eu conheço.

Se as coisas não estão do jeito que você quer, não adianta passar a vida tentando mudá-las. Não digo que não vale a pena tentar, mas a gente tem que saber reconhecer a hora de desistir e passar para a próxima. Isso se aplica a várias situações:
-> se seu namorado tem hábitos que você detesta e tenta insistentemente mudar mas não consegue. Dica: aceita ou arruma outro namorado. Lembra daquela musica do Tchan? "Pau que nasce torto nunca se endireita".
-> seu carro para de tempos em tempos pelo mesmo problema. Dica: certamente o problema é aquele já bastante conhecido, de junta. Junta tudo e joga fora. Se você não for o tipo de pessoa que fica com dor na consciência (eu fico!), arruma ele todo e vende. Da próxima vez o problema não vai ser mais seu.
-> sua vizinha de cima tem uns netos pentelhos que ficam arrastando os móveis até altas horas da noite. Dica: independente das suas reclemações os diabinhos só vão parar de fazer barulho quando alcançarem a maioridade e se picarem da casa da velha. Ou se acostuma, liga um som e tenta incorporar o baticum à musica ou procura outro apartamento.
-> seu chefe vive fazendo coisas incompreensíveis, tomando atitudes estúpidas e, o pior de tudo, você que tem que executar todas as merdas que ele inventa. Dica: aí não tem o que fazer. Tentar mudar chefe é perto de impossível mesmo. Muda, mas muda logo, de emprego!"
-> você chegou num boteco daqueles na beira da rua e o clima tá massa. Meia hora depois aparece um brau com o porta-mala aberto tocando um pout-pourri (eles adoram) das melhores musicas dos ultimos quinhentos carnavais. Dica: levanta e vai embora. Além de ter mau gosto essa galera adora uma confusão. Provavelmente em meia hora chega outro brau que gosta de outra banda e eles mesmos se matam sem precisar da sua ajuda.

As vezes é injusto, eu sei. Quase sempre é injusto. Mas arrumar confusão, esquentar a cabeça, se estressar por coisas das quais as soluções estão fora do nosso alcance é muito pior. Nem sempre tive esse pensamento, mas depois de algum tempo tentando desentortar pau torto, eu que estou mais flexível.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Hoje vou deixar os assuntos amenos de lado para desabafar.

Por que será que ser competente para alguns é afronta? Por que será que quanto mais a gente se esforça para fazer tudo bem feito e ajudar no que for preciso no ambiente de trabalho algumas pessoas se sentem ofendidas e resolvem boicotar? Poisé, apesar de querer sempre acreditar que gente não é um bicho tão ruim, as vezes aparecem pessoas para provar o contrário.

Descobri nos ultimos tempos que em certos ambientes de trabalho não conta o que você produz e quão bem você o faz. O que importa é você chegar dez minutos antes, não levantar nem para ir ao banheiro, não questionar ordens (por mais absurdas que pareçam), mesmo que o seu resultado não seja tão satisfatório. O bom mesmo é fingir. Fingir que sabe, fingir que faz e na hora que alguém descobre que não foi feito ou não tão bem feito como poderia, você arranja prontamente alguém para culpar.

Em certos lugares essa é a receita do sucesso. Pra mim esse sucesso realmente não satifaz.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Azeitonas

Ultimamente ando cozinhando bastante. Quase todos os dias. Faz parte da diversão de ter uma casa sua. O problema é limpar tudo depois, mas faz parte.

Hoje fui abrir, na hora do almoço, um pote de palmitos. Não foi de azeitona mas achei que azeitonas fossem mais ilustrativas. Um dos maiores desafios de uma mulher na cozinha é abrir potes de conserva. Eu, particularmente, adoro aqueles que tem um selinho a vácuo em cima e é só puxar que a tampa sai fácil. No entanto, nem sempre achamos esses potes ou queremos levar um maior e esses são sempre pequenos. Eu tenho uma maneira bem fácil de abrir, mas coloquei no google pra ver o que achava. Segue abaixo uma listinha de dicas e coisas curiosas que encontrei no google:

-> pra abrir um pote eu pego uma faca, de preferência de ponta redonda e daquelas mais resistentes (tem umas que entortam fácil), viro o pote de cabeça pra baixo, coloco a ponta da faca entre a tampa e o pote e faço uma espécie de alavanca afastando a tampa do vidro, mas não muito forte pra não quebrar, apenas o suficiente pra entrar o ar. Abre facinho.

-> no google dizem pra furar a tampa para tirar o vácuo, mas como eu adoro guardar e reutilizar esses potinhos, não gosto da idéia de estragar a tampa. Mas também funciona.


Uma dica que achei no blog http://divarosachoque.blogspot.com/: "Não importa se você é capaz, de vez em quando você deve deixá-lo abrir uns potes de azeitona pra você!" Eles adoram!!! rsrsrs

Outra que eu dei muita risada foi o título desse fotolog, http://fotolog.terra.com.br/relpforever:1: "Beijar um garoto eh como abrir um pote de azeitonas: Eh dificil pegar o primeiro, o resto vem facil!"

E, pra completar, uma piadade loiras e potes de azeitonas:
"Certo dia a loira tenta abrir um pote de azeitona e não consegue, então ela pergunta a amiga:
- Como eu abro esse pote?
A outra responde:
- É so torcer.
Ai a loira começa a berrar:
- Abre, abre, abre!"

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Sutiã

Estou pensando seriamente em fazer um "Curso para Meninas". Ia procurar as melhores que eu conheço em todas as áreas de atuação feminina, cada uma para dar uma aula. Faria módulos e tudo. O melhor seria que as meninas sairiam deste curso muito mais preparadas para enfrentar o mundo selvagem em que vivemos. Podia também ser um programa de tv tipo um "À prova de tudo" para meninas. Acho que ia bombar.

Uma das matérias seria só sobre sutiãs. Sério mesmo. O poder de um sutiã bem escolhido é surpreendente. Não só o tamanho certo. Algumas mulheres tem preconceito em usar tamanhos muito grandes ou muito pequenos. As vezes não percebem que com os anos vão crescendo ou que quando engordamos ou emagrecemos eles aumentam e diminuem junto. A ciência de se escolher um sutião vai muito mais além. É o modelo do bojo, ter ou não enchimento, arame e outros detalhes. O tipo de alça, largura e maneiras de prender naqueles que ela é móvel. Saber que aquelas fotos que vem presas com eles na loja passaram por várias sesões de photoshop e que a modelo provavelmente tem uns 18 anos e os peitinhos ainda olhando diretamente para as nuvens.

Dá ou não um módulo inteiro do curso? Acho que vou começar a escrever o material didático por esta parte.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As calçadas de Salvador

É sabido que os baianos superam muitas adversidades para morar numa cidade como Salvador. Para desfrutar das belezas naturais dessa terra precisamos lidar diariamente com diversos problemas sociais. Um desses problemas é a indra-estrutura precária que a nossa cidade possui.

Esse assunto me ocorreu essa semana. Já de volta das férias, no meu primeiro dia de trabalho, precisei andar um bom pedaço embaixo do nosso luminosíssimo sol de meio dia (tirando Fortaleza, ainda não vi um sol mais brilhante e iluminador cmo na Bahia)por uma calçada soteropolitana. Os engenheiros baianos que me desculpem, mas não se sabe fazer calçadas em Salvador.

Eu gosto de usar saltos. Gosto de verdade, acho que toda mulher fica mais bonita e elegante com um salto alto. As calçadas de Salvador, no entanto, não foram feitas para serem usadas por mulheres elegantes, é um fato.

Que tal usar um básico scarpin salto 7 numa calçada de pedras portuguesas da orla? Um desastre, posso dizer com experiência. Isso quando a calçada está com a manutenção em dia, por que muitas vezes os buracos tornam uma caminhada até um ponto de ônibus extremamente perigosa.

Se engana quem pensa que salto mais largos ou plataformas atenuam o problema. As irregularidades das lindas pedras portuguesas tornam qualquer andadinha em cima de uma plataforma algo como uma prova das antigas "Olimpíadas do Faustão", com direito as "Vídeo Cassetadas" no final.

Antes esse fosse o nosso único problema. Na verdade, esse é um dos mais fáceis de resolver. Alguns anos de prática aguçam o nosso equilíbrio surpreendentemente. Melhor do que qualquer coach de passarela do "America Next Top Model". O maior problema aqui, e nesse ponto que eu acho que nossos engenheiros são culpados, é que nenhuma calçada, pelo menos das novas pelas quais eu passei ultimamente, tem nível. Isso mesmo, todas são levemente enladeiradas para o meio da pista. Levemente é modo de dizer, na Manoel Dias eu realmente acho que vou acabar rolando nas enormes rampas que chamam de calçada. Alphaville, novo bairro nobre, sofre do mesmo problema. E quase todas as outras calçadas que eu conheço.

Bem, tentar se equilibrar no salto, em pedras portuguesas, numa calçada torta, é um desafio e tanto para qualquer mulher boa de salto. Quando eu vou e volto pela mesma calçada, menos mal. Na ida uma perna se acaba de doer, na volta ela descansa e a outra fica doendo. No final as duas doem igual. Mas quando a gente só vai ou só volta, é um pouco pior.

Me perguntaram um dia desses o que eu mais senti diferença (e vou sentir falta) nessa viagem que eu fiz. Eu pensei, mas não cheguei a dizer: das calçadas retas onde eu posso usar a vontade meus sapatos lindíssimos sem acabar com o salto, com as minhas pernas e sem correr risco de vida. Por isso lá fora eles tem mulheres elegantes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Homem

Desde pequena meu pai sempre viajou muito. Vinha em casa nos fins de semana, as vezes só de quinze em quinze dias. Lembro de uma época em que passou uns dois meses no Pantanal pesquisando e a gente só falava com ele pelo rádio.

Nesse tempo, quando qualquer coisa quebrava em casa, mesmo que fosse algo bem simples, minha mãe dizia: "Tem que chamar o homem pra consertar". E essa sempre foi a frase para coisas que não podiamos fazer, afinal ficávamos em casa eu, ela e meus dois irmãos mais novos, além da babá. Uma ou duas vezes na semana ia um jardineiro, que podia fazer as vezes do "homem", a depender do serviço.

Nunca me conformei com a idéia de "chamar o homem". Demorava, até achar um homem pra fazer isso ou até meu pai voltar de viagem a gente tinha que ficar sem tomar banho quente, ver tv, fechar ou abrir uma porta ou janela e até sem comer alguma coisa gostosa dentro de um vidro impossível de abrir.

Comecei então a bisbilhotar sempre que alguém fazia algum reparo em casa. Olhava tudo. Desmontava qualquer coisa quebrada. Logo me especializei em trocar tomadas de fio. Tá, não é a coisa mais difícil do mundo, mas pra uma criança de seis ou sete anos é um grande passo. Era boa com manuais de uso de qualquer eletrodoméstico ou eletrônico. Aprendi a usar os ferramentas na horta e no jardim. Alguns truques na cozinha faziam o jeito substituir a força na hora de abrir as embalagens mais resistentes.

Com o tempo fiquei mais ousada. Hoje em dia troco resistência, faço pequenos consertos elétricos e hidráulicos, reboco, passo massa corrida, lixo e pinto paredes para depois furá-las para pendurar qualquer tipo de coisa que eu quiser. Monto e até faço móveis com algumas ferramentas básicas.

Há alguns dias estava em casa com uma peça de pendurar rede que me pai me deu. Uma tecnologia que ainda não conhecia, bastante simples até, que deixa o pino escondido quando você não está usando. Para isso, no entanto, é preciso quebrar a parede e chumbar a peça com cimento, dar acabamento e tudo mais. Aí alguém falou: "Pra instalar essa, só chamando o homem!" E meu irmão logo respondeu: "Quem precisa do homem quando tem Luiza em casa?"

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De volta das férias. Queria um pouco mais. Durante esse tempo até tive vontade, uma ou duas vezes, de escrever coisas aqui no fotolog. Me concentrei e me mantive longe da internet por 15 dias. Não senti muita falta, no fim das contas.

Posso dizer que voltei mais leve, com as baterias recarregadas. Foram muitas coisas boas, novas ou não, nos ultimos dias e a cabeça completamente livre de qualquer problema que estivesse aqui em Salvador. Mesmo na pequena parte dessas férias que fiquei aqui. Completamente decidida a desconectar do meu mundo, consegui uma paz que há muito tempo não pensava que existia. Outros estresses acontecem. Muito menores, com certeza.

De volta, não sei se consigo continuar a mesma. Na verdade, não sei se quero. Na essência sempre somos os mesmos, não é verdade? Mas nas atitudes, nas ações, podemos mudar. Vi muita coisa esses ultimos dias. Lugares muito diferentes. Pessoas muito diferentes também. Podia observar, como num zoológico ou parque, ou interagir e absorver. Não sou de observar puramente.

Me sinto muito leve por um lado, e muito vazia por outro. Não vazia como um copo sem conteúdo, mas como um caderno em branco onde um novo capítulo começa. Pela primeira vez na vida não estou preocupada com o futuro. Não quero saber o que vai acontecer. Não estou ansiosa para que as coisas tomem rumo. Quero viver intensamente cada pequena etapa da formação desta nova história, sem correr nem brecar. Sem pensar como vai ser, sem planos para um futuro muito longe. Apenas vivendo os dias, um de cada vez, como eles foram feitos para serem vividos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vou ali e volto em umas duas semanas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O stress está me matando. Cada hora é uma coisa diferente e o corpo reage de uma maneira diferente também. Os dias passam correndo e parece que eu não fiz nada do que tenho pra fazer. A cabeça dói, o corpo já dá sinais de que não aguenta mais. Fui em alguns médicos e todos dizem que minhas doenças são fruto do meu stress. Ainda bem que semana que vem estarei de férias.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Recebi um e-mail ontem que me fez lembrar de alguns anos atrás, quando eu ainda estava na faculdade. O e-mail falava sobre as diferentes formas de ver a mesma coisa, sobre a beleza que uma coisa vista diariamente pode ter e nós não percebemos por estar sempre ali.

Assim que eu entrei na faculdade tive uma professora que disse que daquele momento em diante nós teríamos que reaprender a ver as coisas. Ela dizia que o bom designer precisa ver o mundo sempre com "olhos de novidade". Quando ela usava essa expressão, queria dizer exatamente o que estava escrito nesse e-mail que eu recebi. Uma coisa só te inquieta quando ela ainda é nova na sua mente, fresca. Se você se acostuma com alguma coisa, não questiona mais, você aceita que aquilo é o que é e não vê mais as suas nuances.

Eu morava em frente a praia, praticamente. Todos os dias quando ia pra faculdade pegava o ônibus num ponto de frente para o mar. O curioso é que até me atentar para isso, nunca parava para olhar essa vista como deveria. Quantas pessoas conhecemos que tem esse privilégio? Muito poucas, com certeza. Quando aprendi a olhar o mundo com olhos de novidade, aprendi a me impressionar todos os dias com um detalhe diferente daquela vista tão única. Um coqueiro, as diferentes cores do mar a depender de como estava o tempo, as pessoas indo tomar sol e banho de mar, como o mar estava calmo ou violento, se a maré enchia ou vazava, e mais muitas outras coisas. Cada dia aquela vista se tornava nova de novo. Essa era uma das melhores horas do dia pra mim, acabava com o mau humor matinal.

Sem querer, acabei me condicionando a ver as coisas com olhar de novidade. As coisas e as pessoas. Não vou dizer que tudo o que olho admiro como se fosse a primeira vez, mas muitas vezes me pego a olhar boba para alguma coisa que já está ali há muito tempo e ainda me intriga.

O e-mail falava sobre olhar de poeta. Eu concordo também que esse seja o olhar do poeta, sensível à beleza de coisas que os outros ignoram. Fica então uma dica pra quem quiser: olhem o mundo como se nunca tivessem visto antes. As coisas tomam uma dimensão tão maior e mais prazerosa e mais bonita que vale a pena de vez em quando parecer meio besta.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ela estava na beira da piscina de biquini rosa choque, grandes brincos de acrílico e viseira. A boca bem pintada de vermelho, em uma mão um cigarro apagado, provavelmente roubado da carteira do pai e na outra um copo cheio de gelo e detergente vermelho (imitando um copo de campari). Devia ter uns oito ou nove anos nessa época e isso para ela era ser adulta.

Procurava no guarda-roupa algo que se parecesse com as coisas que sua mãe costumava usar. Escondido, se enfiava no banheiro e pintava os olhos e a boca de cores vibrantes. Calçava um dos sapatos da mãe, ainda folgado, mas não tinha problema. Uma bolsa combinando com os sapatos e estava pronta. Fingia que o sofá da sala era o seu carro. Enquanto dirigia tomava conta dos filhos, uma boneca da xuxa daquelas de quase um metro e um boneco do fofão, gritando para que parassem de brigar enquanto ela estava ao volante.

A noite, depois do banho, vestia o roupão, amarrava uma toalha na cabeça e passava uma pasta verde que achara uma vez no banheiro da mãe e que dizia no rótulo ser máscara de tratamento facial. Corria na cozinha e trazia dois pepinos. Deitava na cama com a tv ligada, colocava os pepinos sobre os olhos e ficava lá. Aquilo coçava mas ela nem ligava.

Quase vinte anos depois ela chega na casa da mãe cansada do trabalho. Entra no quarto que costumava ser dela, tira os sapatos e descansa a bolsa no cabideiro. Toma um banho no banheiro que era seu e coloca uma camisola que ainda deixa no seu antigo armário. Corre para o quarto da mãe e deita no seu colo. Passa algumas horas vendo tv deitada enquanto a mãe fala no telefone, antes de voltar para a sua vida de adulta.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cozinha

Até algum tempo atrás eu tinha um pouco de medo de cozinhar. Sempre foi uma coisa que gostei muito de fazer, mas sempre pra mim. No máximo meu irmão dividia comigo essa aventura. Aventura por que a gente nunca sabe o que vai sair, né? As vezes ficava bom, as vezes não. Quase uma loteria. (Eu, sempre com muita fome quando resolvia cozinhar, achava tudo muito bom).

Meu pai e minha mãe cozinham muito bem, sendo assim, tive dois grandes mestres na arte culinária. Meu pai, com a sua cozinha rápida e tradicional e minha mãe nas experimentações, pratos típicos e grandes quantidades.

Em casa eu aprendi a usar algumas coisas práticas, outras nem tanto. Arroz mesmo quem me ensinou foi meu pai, e tem que ser temperado. Arroz sem alho e cebola refogados simplesmente não dá. Já o feijão, muito cheio de carnes (e gordura) aqui da bahia, toma outra cara da maneira que minha mãe faz, só com um pouquinho de bacon, alho e cebola também. Somos uma familia de alho e cebola.

Ultimamente eu estou me aperfeiçoando. Perdi o medo de tentar depois dos ultimos presentes que ganhei, a cada dia minhas experiências estão mais intensas. Posso dizer que sou a rainha das saladas e dos acompompanhamentos, mas ainda não sei fazer carnes muito bem. Em massas eu me garanto, faço até uns molhos diferentes bem interessantes.

Mais um medo que eu perdi na jornada para a vida adulta.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tranquilidade

Uma rede, esse é o meu sonho. Mas não uma rede em qualquer lugar, mas uma rede pendurada em dois coqueiros, na beira de uma praia quase deserta. Uma praia de areias claras e mar azul e tranquilo. Bebendo água de coco e sentindo a brisa do mar bater devagar no rosto. Vendo ao longe pescadores trabalhando para buscar um peixe que vai virar almoço em algumas horas na brasa. Cochilando antes de preparar a comida. Sim, por que o meu sonho não precisa de vários criados que façam as minhas vontades. Um livro tranquilo para o inicio da tarde, mais um cochilo na rede, um banho de mar no fim do dia. À noite assistir a um filme leve e dormir cedo. Nada demais, mas algo difícil nos últimos tempos. E quem não quer ter um pouco de tranquilidade de vez em quando?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Curiosidade

Cada dia que passa me descubro mais curiosa. Meu pai sempre me dizia que "quem tudo quer saber, mexerico quer fazer", mas eu não quero saber das coisas pra poder falar pros outros não. Quero saber só pra estar por dentro mesmo. Já tive até a lingua grande, mas estou bem melhor hoje em dia.

Uma coisa que eu faço é tentar prestar atenção no maior numero de conversas possíveis a minha volta. É meio neurótico, mas divertido. As conversas que a gente ouve na praia mesmo, são muito boas. As de bar são as melhores! Aqui no trabalho eu tento estar por dentro da amior parte das coisas, assim, quando sobra pra mim fazer alguma coisa, já estou sabendo e resolvo tudo mais rápido.

Engraçado é quando alguém está conversando perto de mim, mas não necessariamente comigo e de repente eu, num ato de descontrole, me meto na conversa. É meio embaraçoso, mas quase sempre bem divertido.

É definitivo?

Andei pensando. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim, mas tudo bem. Percebi esses dias o quanto é difícil tomar decisões definitivas. Tipo, daquelas que a gente não pode voltar atrás mesmo. Essas eram as mais fáceis pra mim, normalemente, mas o problema é que ando pensando demais.

Quem vê assim até pensa que eu tive alguma decisão de vida enorme para fazer, né? Nada. Minha duvida definitiva foi a de terminar ou não meu fotolog. E que dúvida!!! Eu pesquisei, vi tudo como fazia, quando finalmente achei o botão e tinha escrito nele "excluir definitivamente", eu congelei. Não consegui apertar o botão. Parece piada, mas é verdade. E olha que eu não uso esse fotolog assim, tanto, pra ter esse amor todo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Viernes 3 a.m.

Como não consegui escrever nada meu, peguei emprestada essa musica de Herbert (Viana), uma das minhas preferidas dele. Chama Viernes 3 a.m..

" A febre de um sábado azul e um domingo sem tristezas te esquiva do teu próprio coração e destrói tuas certezas. E em tua voz só um pálido adeus. E o relógio no teu pulso marcou às seis.

Um sonho de um céu e de um mar, de uma vida perigosa, trocando o amargo pelo mel e a as cinzas pelas rosas, te faz bem tanto quanto mal. Faz odiar tanto quanto querer demais.

Você trocou de tempo e de amor, de música e de idéias. também trocou de sexo e de Deus, de cor e de bandeiras. Mas em si nada vai mudar. E o sensual abandono virá. E o fim.

Então levanta o cano outra vez e aperta contra a testa. E fecha os olhos e vê um céu de primavera. Bang, bang, bang. Folhas mortas que caem. Sempre iguais os que não podem mais se vão."

É deprê mas é muito linda.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ingenuidade?

Eu não sei porque ainda insisto. Não sei por que acho que as pessaos vão sempre reconhecer os meus esforços para que as coisas dêem certo. Isso não existe. Não que eu faça nada esperando nenhum reconhecimento. Na verdade, já passei dessa fase há muito tempo. Tudo o que eu faço, faço pra mim. O que eu espero não é o reconhecimento em si. O que eu realmente quero é poder contar com essas pessoas que contam comigo sempre que precisam. Queria que a confiança fosse recíproca. Queria poder acreditar e me fiar no que certas, não todas, pessoas que eu conheço falam. Isso também não existe. E a vida continua. Ingênua sou eu que julgo os outros por mim e acho que favor, quando se faz, não se joga na cara.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vícios

Todas as pessoas que eu conheço ou conheci tem algum tipo de vício. Os meus mudam de tempos em tempos a depender dos elementos externos. Já fui viciada em livros, em malhação, mas o meu maior e mais forte são as compras.

Eu adoro fazer compras. Qualquer tipo de compras. Pode ser no mercado, na feira, no shopping. Até no sinal. O que eu gosto não é de gastar dinheiro, mas de escolher coisas novas. Adoro coisas novas, nem que seja um tomate novo!

Há um ano estou me controlando. Faz exatamente um ano que comprei a minha ultima calça jeans. Depois de um ano também sem comprar sapatos, me dei um de aniversário. Por causa dessa mudança de hábito, adquiri outro vício, ainda pior: comer. O resultado óbvio do meu mais novo e perigoso vício já é visivel pra quem me conhece há alguns anos. Não que esteja gorda, mas estou bem maior, é um fato.

Essa noite toda eu sonhei que fazia compras. Acho que nunca fiz tantas compras na vida. O shopping estava todo em promoção, como realmente está, e eu comprava feito louca. E não adiantava dormir e acordar por que quando eu dormia de novo o sonho continuava de onde havia parado. Resultado? Acordei com muito menos vontade de comer qualquer coisa!

Será que existe algum tipo de terapia que seja baseada em aliviar tensões através do sonho? Se tiver, acho que eu estou precisando de uma dessas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nuances

Ontem, depois de uma conversa, percebi uma coisa que estava meio na cara desde sempre mas que eu nunca tinha posto em palavras. Na verdade eu sempre soube que homens e mulheres tem muitas diferenças, é claro. Mas eu também percebi que certas coisas eles nem notam...

Mulheres percebem mais os detalhes, certo? A percepção visual da mulher é muito maior do que a do homem e a fisiologia do globo ocular, diferente. Uma mulher consegue perceber uma quantidade de cores muito maior do que os homens. Quando digo quantidade, digo das diferentes nuances. No final cheguei a conclusão que esse é um padrão. As mulheres conseguem perceber tudo com mais acuidade, vamos dizer, tem "meio-termos".

Quero dizer com isso que para uma mulher nada é simplesmente bom ou ruim. Uma coisa pode ser mais ou menos. Existe um morno-quente e um morno frio, por exemplo. Existe uma coisa boa que é ruim ou ruim que é boa. Ou então um amigo chato mas que é legal. As mulheres tem vários pontos de vista sobre um mesmo assunto. Conseguem se colocar melhor no lugar dos outros e ver partes boas em situações ruins (e partes ruins em situações boas, mas nada é perfeito).

Agora, vai tentar explicar isso para um homem. E é aí que entra a conversa de ontem. Quase morri tentando explicar todas essas variedades de uma mesma coisa. Um homem pergunta se você gosta ou não de uma certa coisa e quando você vai explicar, ele acha ruim. Quer uma resposta direta, sim ou não, mas isso é muito difícil para uma mulher. No final ganhei um bico e cara feia durante uma meia hora por não falar a verdade. Mas o maior problema foi que o tempo todo a única coisa que eu fiz foi falar a verdade.

A partir de agora vou tentar simplificar mais pra ver se a comunicação acontece sem ruídos. É um pouco difícil, mas prometo que pelo menos vou tentar.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amenidades (ou não)

E o tempo passando. As coisas sendo atropeladas. Cansada já das pessoas prometerem que vão fazer as coisas e me ligarem em cima da hora pedindo pra eu resolver. Será que ninguém percebe que as vezes eu preciso de ajuda? O maior problema é você resolver o que ninguém resolve. Daí em diante todo mundo se fia em você e esquece de pensar por si só. Eu acredito na independência. Não consigo depender de ninguém para nada. Por isso aprendi a fazer pequenos reparos elétricos, trocar resistências e até chuveiros inteiros, consertar alguns problemas hidráulicos e quase tudo que precise de uma chave de fenda ou martelo. Abro sozinha qualquer embalagem, carrego peso. E se, no fim das contas não posso fazer alguma coisa sozinha, sei onde achar quem eu pague pra fazer (por que favor eu não peço). Assim a minha vida vai muito bem. Eu as vezes queria que as pessoas fossem mais assim também.

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Hoje o dia começou especialmente desagradável. Acho, pelo menos, que as coisas devem melhorar até o início da noite. Sinais de sol depois da tempestada da manhã já surgiram (literalmente!:-).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dodói

Attttcccchhhhhimmmmmmm!!!!!!!!

Meu nariz já está assado, parece uma torneira quebrada. Minha cabeça dói. Meus olhos estão ardendo. Minha garganta arranhada.

Cof, cof, cof!!!

Não consigo completar uma frase sem tossir ou espirrar. Tá foda. Tomara que não seja gripe suina!

Só pra divertir, uma charada que minha mãe inventou quando era pequena:
- 2 palavras, É UMA DOENÇA:
1 - tem no mato (é um bicho)*
2 - tem na igreja (faz barulho)*

* os parenteses são dicas, para ajudar.









Não sabe?
-> no mato tem TATU
-> na igreja tem SINO

Resposta: Tatusino, tá doente.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pós-Aniversário

Hoje, no pós-aniversário, as coisas voltam ao normal. Mais ou menos, já que eu cheguei a conclusão recentemente que normal mesmo a minha vida não vai ser nunca. Faz parte, eu acho. Se fosse muito certinha mesmo eu ia ficar meio de saco cheio.

Estou feliz da vida hoje. O dia ontem foi calminho, mas foi massa. Comprei um sapato vermelho e preto de cobra meio brilhante. Um arraso. Já tenho uma coleção de cobras, duas vermelhas! Não preciso nem dizer que já sai de casa com ele hoje, né? Minha mãe me deu um baby doll de cobra também, mas de cobra discreta. Ela nem percebeu que era de cobra até eu mostrar...

No mais tudo certo. A vida continua, agora com mais um ano nas costas. Mas é também mais uma no de lembranças, experiências. É bom ver as coisas pelo lado bom também. E eu ando extremamente Poliana nesses ultimos tempos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tempo

Falta uma semana pra eu completar mais uma primavera e a ficha só caiu nesses últimos dias. Muitas coisas se explicam agora. O inferno astral que sempre rola antes dessa data está com seus dias contados.

O tempo nesse início de ano passou tão rápido que eu nem percebi o que estava chegando. A gente vai fazendo as coisas, pedindo pros dias ruins passarem, sem perceber como os bons passam depressa e aí chega. Chegam os dias que marcam a passagem desse tempo todo pra gente.

O meu ano é dividido em duas partes maiores com algumas subpartes. Mas, normalemente, se divide em antes e depois do meu aniversário. Essa é a parte boa do aniversário cair no meio do ano, dá pra organizar as coisas. O início do ano é sempre hora de construir e o final, de relaxar e curtir até o fim do ano.

Esse ano, no entanto, foi meio atípico. Uma primeira parte cheia de surpresas e muito bagunçada vai trazer uma segunda parte com mais responsabilidades. É isso aí, as mudanças sempre trazem boas notícias com elas e se as coisas correrem mais ou menos como eu estou planejando, o início do ano que vem vai ser uma delícia.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Quase

Corro, corro e nunca chego onde quero chegar. Me estico, mes espicho, e não alcanço. Vou de bicicleta, de ônibus ou de carro, mas chego sempre tarde. Dou pulinhos feito uma debilóide, e ainda assim não consigo pegar. Nem de pezinho, nem subindo num banquinho.

Tento muito, tento sempre. Ainda que não consiga, não deixo de tentar. Não quero deixar de tentar. No dia que eu parar de tentar, morro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

não sei

não sei o que eu quero e, pior, também não sei o que eu não quero

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Nada me fará tão feliz...

"Fazer um desenho nas costas da mão, despir a consciência das dores morais, jogar uma vaca do décimo andar, viajar sob a lua que varre os sertões. Uma ostra chilena, um beijo em Paris. Se cortasse o cabelo e mudasse o nariz. (...) Se eu nunca quisesse quem nunca me quis. Ser dois, ser dez e ainda ser um. Se a distância apagasse a dor que eu senti. Ser seco, reto, isento e amoral. Se eu nunca lembrasse o estrago que fiz.

Tudo isso me faria feliz. Absurdos me fariam feliz. Pero nada me hará tan feliz como dos margaritas."


Pra mim, uma das poesias mais lindas já escritas, independente de ser música. Herbet (Viana) se superou quando escreveu essa.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Garotas Malvadas

"Good girls go to heaven, bad girls go everywhere"

Essa frase define bem o ponto de vista que eu defendo neste post. Ontem li um texto sobre o assunto (o link está no final) e fiquei pensando sobre isso o resto do dia. Decidi falar um pouco do que eu penso.

Definitivamente ser uma garota malvada não quer dizer que você seja má, ou como o texto que eu li diz, maléfica. As garotas maléficas estão numa categoria muito pior e normalmente se fingem de boazinhas a maior parte do tempo. Provavelmente em inglês o texto trata de bad girls e evil girls... Assim a gente entende melhor a diferença.

Ser uma garota malvada tem muito mais a ver com posicionamento, tem a ver com defender seus pontos de vista, correr atrás do que acredita. É fazer o que quer, apenas por que você quer (e esse não é um bom motivo pra fazer qualquer coisa?).

As garotas malvadas se destacam por serem fortes. São mais respeitadas do que as boazinhas e dificilmente são passadas para trás. Até acontece, mas normalmente só quem consegue fazer isso com uma garota malvada são as pessoas que conseguem conquistar a confiança dela. Na verdade as garotas malvadas sempre vivem nos extremos: se divertem muito mais que as boazinhas, mas sofrem muito mais também. Exatamente por que querem viver tudo o mais intensamente possível.

As garotas malvadas são taxadas de malvadas por que quase sempre falam o que pensam. Elas não medem as palavras. Muitas vezes se dão mal por causa disso. A probabilidade de uma garota malvada se dar mal é 50/50. Por que as vezes a gente fala o que quer e se dá bem também. O pior é falar o que as pessoas querem ouvir e se dar mal. Melhor fazer como uma garota malvada, pelo menos não fica nada engasgado...

Garotas malvadas não aceitam ser tratadas como menininhas. São mulheres e na sociedade de hoje tem os mesmos direitos dos homens. E aceitam os mesmos deveres também. Garotas malvadas não se furtam de fazer os mesmos trabalhos dos homens, mas querem ser reconhecidas por isso. Não negam a sua sensibilidade e sexualidade. Garotas malvadas são protetoras, lutam pela sua família e pelos seus amigos.

As garotas malvadas aceitam o que a vida lhes dá e trabalham em cima disso. Não querem mais nem menos do que tem, mas sempre procuram melhorar. Garotas malvadas fazem muitas besteiras. A diferença é que elas sempre assumem os seus erros, só não admitem serem acusadas do que não fizeram.

Garotas malvadas são justas. Por que não admitem serem injustiçadas, simplesmente. Elas não desejam pros outros o que não querem pra si mesmas. Falando assim as garotas malvadas parecem boazinhas, mas não são. As garotas boazinhas são manipuladoras. Exatamente por isso todos acham que elas são boazinhas. As boazinhas vivem do que parecem ser. As malvadas vivem do que são. E vamos admitir, sendo humanos poucos conseguem ser bonzinhos de verdade. Por isso mesmo pessoas como Madre Teresa e Ghandi se destacam tanto. Exceção confirmando a regra...

Não é ruim ser uma garota malvada. Cleópatra com certeza era dessa galera, se casou com dois imperadores. E Ana Bolena e sua filha Elizabeth? A família real inglesa é decendente direta delas. Madona é malvada, Angelina Jolie também. Jennifer Aniston, boazinha, ficou sem Brad Pitt. (Dizem que agora ela virou malvada e anda se encontrando com ele por aí...) Tem muitos outros exemplos, peguei apenas os que me lembrava agora. Mas só com esses já dá pra ver que é por isso que dizem que as boazinhas vão pro céu, mas as malvadas vão aonde querem.


Texto inspirado em: http://www.screamyell.com.br/secoes/malvadacomoeu.html

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Intuição

Eu acredito em intuição. Acredito em sexto sentido e no poder do pensamento positivo. Acho que o mundo todo é regido por impulsos elétricos que nós chamamos de energia. Energia que vem da nossa mente, das nossas ações.

Um dia desses eu acordei sem querer acordar. Levantei sem querer levantar. Sai querendo continuar em casa. Não sabia por que, mas senti que não seria um dia bom. O bom dessa história toda é que eu já estava preparada pra tudo o que ia acontecer. Eu não sabia bem o que era, mas não ia ser legal e eu sai na retranca. Aconteceram várias coisas chatas, a maior parte boba, mas coisas que nos deixam desanimados. No final do dia eu cheguei em casa e ainda não tinha me sentido tão bem quanto nessa hora. A melhor parte de um dia ruim é a hora que a gente chega em casa.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos Namorados

É muito legal ter um namorado. Por vários motivos. Primiro pela companhia. Namorado que não é boa companhia não serve. Pra poder beijar na boca na hora que a gente quiser. Pra andar de mão dada na rua, na praia, no shopping. Pra sair de noite e tomar um tequila. Pra comer pizza, ver filme e jogar conversa fora. Pra ficar deitado no sofá, naquele aperto gostoso, assistindo qualquer coisa na tv. Pra inventar várias comidas diferentes na hora que a fome bate. Pra ligar no meio do dia só pra dar um beijo. Pra receber ligação inesperada também. Pra ter de quem cuidar. E pra ter alguém que cuide de você as vezes. Pra ter um ombro pra encostar quando a gente precisa. Pra dividir coisas simples. Pra ter um colo quentinho sempre que precisar. Pra ter quem surpreender de vez em quando. E pra ser surpreendida. Pra ter alguém que gosta de você e nem percebe os seus defeitos. E que quando percebe continua gostando. Pra ouvir de alguém que você é linda de manhã, mesmo estando descabelada. Ou de noite, voltando da festa com a maquiagem toda derretida. Ou ainda toda inchada no meio de uma crise alérgica. Pra ter alguém que presta atenção nos detalhes e percebe cada mudança na sua fisionomia. E que mesmo que você não diga, sabe o que você está pensando. Pra ter quem tenha ciúmes de você, mas só um pouquinho. Pra poder fazer ceninha de ciúme também, pra ele se sentir valorizado. Pra poder conversar sobre besteira e coisa séria. E pra poder ajudar e ter ajuda sempre que precisar. E, claro, pra ganhar presente todo ano no dia dos namorados!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eu queria ser uma drag queen

Queria usar aquelas botas enormes m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s cheias de cadarços e saltos suuuper altos. Maquiagem cheia de purpurina e vários enfeites. Adoro ver "Priscila, a rainha do deserto" e cantar junto com Hugo Weaving todas as músicas do Abba. Ou então ver "Para Wong Foo, obrigado por tudo!" com Patrick, na cena onde elas entram na loja, acham um baú cheio de roupas estilosas e até a velinha que não fala participa do desfile.

Eu comprei um par de cílios postiços na Argentina, mas nunca consegui usar. Tenho um par de sapatos vermelho-cobre-brilhante imitando couro de cobra com quase quinze centímetros de salto. Tenho ainda uma saia, uma blusa, um vestido e um scarpin de oncinha (mas não uso tudo junto não, viu?). Fiz um vestido rosa-barbie-chiclete-cintilante pra ir no casamento de uma amiga minha, mas furei ele com o ferro passando no dia da festa. Tenho ainda uma bota roxa de cano alto, salto agulha e bico fino que eu só usei duas vezes desde que comprei há um ano atrás.

Ainda que eu não seja uma completa drag e que meus esforços sejam bem sutis, me sinto uma quase drag e me sinto completamente realizada nesse sentido. Nem que seja cantando a trilha sonora de "Mamma Mia!" com a escova fazendo as vezes de microfone toda maquiada na frente do espelho do banheiro.

sexta-feira, 5 de junho de 2009


Depois de cinco anos afastada dos exercícios físicos regulares, voltei essa semana. O instrutor está com medo que eu morra. Há dois dias faço meia hora de esteira e 60 abdominais e só. Isso nunca me aconteceu antes. Ele disse que meus batimentos cardíacos estão muito altos quando eu chego na academia. Deve ser por causa dos 2 lances de escada enoooormes que eu preciso subir pra chegar lá.

Bem, estou indo na hora do almoço. Fui dois dias e me atrasei dois dias. Ainda tenho esperança de me acostumar e nãe me atrasar na volta. Acho que essa nova rotina será muito saudável. Fora isso estou comendo melhor e com um pensamento superpositivo.

Estou bastante esperançosa, confesso, de perder essa capa de gordura que se instaurou no meu abdomem, mas morrendo de medo de perder o panderão que veio com todos esses quilos a mais. Afinal de contas, que brasileira não gosta de ter um bundão? Dos peitos eu até abro mão, vão dar uma murchada, eu sei, mas meu bumbum não!

Bem, só saberei desses detalhes com o tempo. Quando houver alguma melhora na situação, faço um gráfico novo indicando as novidades.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gente

Gente é um caso sério mesmo. Lembrei hoje daquela frase que diz que quanto mais conheço gente, mais gosto do meu cachorro. E eu, que nunca fui muito de cachorro, descobri que sou menos ainda de gente.

Acho que o maior problema das pessoas é a posição que ocupamos. Aí eu volto um pouco pras aulas de desenho da faculdade sobre perspectiva e ponto de vista. Literalmente, essas duas palavras significam a maneira de olhar as coisas, fisicamente mesmo. E, fisicamente, você é um ponto no espaço, o centro da sua visão. Cheguei ao meu ponto.

O problema das pessoas é se acharem o centro da ação. Aquela história do mundo e do próprio umbigo, sabe? Poisé. Desde pequena minha mãe me explicou que isso era só ilusão de ótica (ou ilusão idiótica, como costumávamos brincar eu e meus irmãos), mas acho que nem todas as mães tiveram essa competência na vida. Só abrindo um parênteses no assunto, acho que poucas mães são tão competentes quanto a minha.

Aí a gente entra no mundo de verdade e começa a sofrer por causa da incompetência alheia. Em todos os sentidos, mas nesse mais ainda. Por que, se eu pudesse, gostaria de trabalhar dentro da minha casa e só me relacionar com meus amigos, escolhidos por mim. Infelizmente a vida ainda não é tão bela.

Enquanto não atinjo essa meta de vida, tenho que enfrentar esses monstros criados pela má educação. Pessoas que se colocam em uma posição que não pertecem nem merecem. Pessoas que acham que podem fazer com você o que querem, dizer impropérios e absurdos, tratar os outros com uma superioridade que ninguém além deles mesmos acham que eles tem.

A única coisa que ainda preciso aprender é como, nessas situações, não peder a minha razão descendo ao nível desse tipo medíocre de gente. Sempre que me deparo com uma pessoa dessas meu primeiro impulso tratá-las com o mesmo desprezo que elas tratam os outros. Ainda não tenho controle para evitar isso, mas espero um dia ser superior a esse ponto.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Começando o dia

Acordo já atrasada e saio correndo. São vinte pras nove e tenho esses preciosos vinte minutos para atravessar quase toda a cidade. O trânsito está caótico, pra variar. Uma menina que eu tenho certeza que acabou de tirar a careteira morre o carro a cada sinal e rouba alguns minutos que eu já não tenho. Um caminhão no meio da pista não deixa ninguém passar e não acelera a mais do que 50km/h. Estou Minha paciência ficou no ultimo sinal onde, numa manobra louca e arriscada, ultrapassei a infante ao volante. Eu e mais uns cinco buzinam para o caminhão, que parece não se importar. Mas uma manobra radical e ultrpasso também o caminhão. Os engarrafamentos vem em vão por causa de curvas fechadas, ladeiras e vovós ao volante. Não, nenhum acidente. Engarrafamentos aqui quase nunca são sinônimo de acidente. Finalmente chego ao meu destino, ou quase. Dou duas voltas na frente do prédio e nenhuma vaga. A não ser que eu queira andar alguns quilômetros, vou ter que dar um jeito. Resolvo trancar alguns carros na frente do prédio, afinal, todos sabem o meu telefone e qualquer coisa basta ligar que eu tiro o carro. Paro o carro e entro. Conto o final da minha história a uma amiga que se oferece encarecidamente para que eu tranque apenas o carro dela. Aceito a oferta, mudo de vaga e vou trabalhar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lista

Mais uma semana começa e eu nem sei por onde começar. Tanta coisa pra fazer e tão pouco tempo... Quando foi que os dias ficaram tão curtos? Ainda não descobri isso.

O fato é que eu preciso me organizar. Colocar no papel, fazer uma lista de prioridades e ir riscando uma por uma, pra não esquecer nada. E quem me conhece bem sabe que o que eu faço melhor é esquecer das coisas. Não é por mal, juro, mas minha cabeça tem uma memória recente muito pequenininha.

Bem, vou tentar fazer a tal lista quando terminar aqui. Já de cara sei que metade das coisas vou depender de alguém pra ma ajudar, não por que não posso fazer sozinha, mas não posso, sabe como é? Isso acaba comigo por que se dependesse tudo de mim, menos mal, eu podia dar um jeito. Mas tudo bem, faz parte e pra começar a terminar preciso começar, antes de tudo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Oração

Que os maus olhos, as más linguas e os maus pensamentos passem por mim e não me atinjam.

Que a minha fé, a minha esperança e a minha perseverança vençam no fimal.

Que o inferno astral que se aproxima esse ano seja brando. E que a promessa de um futuro melhor abrande também os espíritos a minha volta.

Que eu passe por mais uma turbulência e encontre o sol brilhando sobre as nuvens.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Almodovar

Ontem queria postar uma foto minha no fotolog. Procurei, mas procurei tanto! Não achei. Todas as que eu tenho aqui já postei. Tirando umas que mostram as minhas novas banhas não achei nada(sim, por que eu já tinha naca e culote, mas banha na barriga é novidade). Foi aí que comecei a pensar...

Eu invejo um pouquinho as pessoas que gostam de tirar muits fotos de si mesmas e dos outros e com os outros e de se deixar fotografar também. Eu nunca fui muito fã de fotos. Não acho que seja fotogênica (uns dois ou três amigos fotógrafos discordam, mas nunca me provaram o contrário com uma foto boa minha). Eu nunca tiro fotos de mim mesma.

Um dia desses entrei no elevador e me achei particularmente bonita. Meu cabelo estava domado, a maquiagem bonita e discreta, uma carinha boa mesmo, sem aquele ar cansado de ultimamente. Saquei me celular e lá fui eu tirar uma foto. Nesse momento, logo após ver o resultado, lembrei o porquê de não gostar de fotos minhas: na maioria saio com cara de traveco de Almodovar.

Impressionante! Aquela cara de menino-virando-homem com narigão e olhos fundos pintados e com cabelos compridos. Uma coisa horrorosa! Semprte assim. Quando eu pinto a boca de vermelho então, aí piora tudo.

Isso quando o ar melancólico das eternas olheiras negras (não existe nada que acabe com elas) não me deixa com cara de adolescente problemática suicida. Um caso sério. Nem com as expressões da idade, por que sim, ela está chegando, me tiram esse ar le adolescente problemática nas fotos.

E o pior de tudo é que nem em acho feia, ams sabe aquela pessoa que não é fotogência? Sou eu. Por isso acabei desistindo de fotos minhas. Continuarei a postar no fotolog fotos de plantas e desenhos bonitos e, eventualmente, uma foto mais ou menos tirada em algum evento, só pra comprovar aminha teoria.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Surpresas

Quer frase mais brega do que "A vida é uma caixinha de surpresas"?

Ainda assim essa é umas das frases mais verdadeiras que eu conheço. Estava pensando em um tema para escrever hoje e sem não tinha idéias. Então comecei a pensar em todas as coisas que andaram acontecendo nos últimos tempos. Muitas coisas.

Há um ano atrás eu nem imaginava que estaria aonde estou hoje, ou como estou hoje. Estava planejando com uma amiga (a melhor, diga-se se passagem) uma viagem libertadora. Uma semana no exterior, só nós duas, soltas no mundo. Estava passando por alguns problemas conceituais no trabalho, que depois descobri serem mais fruto da minha cabeça do que qualquer coisa.

De lá pra cá aconteceram tantas coisas, mas tantas coisas, que se fosse fazer uma lista eu nem saberia por onde começar. Mas não reclamo, pelo contrário, estou feliz com as mudanças que aconteceram até agora. Algumas vem atreladas a problemas, outras a soluções. O refrescante (sim, como um bom copo d'água gelada) é que até os problemas são novos e estão se mostrando mais passíveis de solução, apesar de serem muito maiores.

Aprendi em pouco mais de um ano muitas coisas. Graças a pessoas que já conheço há quase uma vida e a outras que desejo que continuem comigo para o resto dela, apesar de terem chegado há pouco tempo. Cada uma com sua bagagem me deu um novo fôlego.

Conhecimentos adquiridos: as esperiências, novas e antigas, aumentam a nossa resistência para o que está por vir; as pessoas mudam independente de nós e apesar de nós, nós não mudamos ninguém mas podemos ajudar e inspirar as pessoas sendo nós mesmos; as vezes temos que escolher entre os nossos os que precisam mais da nossa atenção, mesmo que isso machuque outros; precisamos confiar em quem amamos, independente de acharmos que eles são frágeis ou desprotegidos, amar não é proteger da queda, mas estar apostos para acudir depois dela a qualquer momento; chorar faz parte, assim como querer colo de vez em quando (apesar de nem sempre acharmos alguém que vá perceber se a gente não pedir); abrir mão de algumas manias pode ser bem positivo; comer demais engorda sim e fazer dieta é muito difícil; o tempo não para (e olha que Cazuza sempre me disse mas eu nunca acreditei).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Meu Herói

A primeira palavra que eu falei foi para chamá-lo. Sempre trabalhou longe. Ficava alguns dias, as vezes semanas, longe de casa. Curiosamente só me lembro de quando ele estava por perto. Nossas brincadeiras na infância e nosso trabalho duro plantando e replantando a horta, construindo a estufa, plantando nossas araucárias (tínhamos mil mudas!), de tudo isso eu lembro como se fosse ontem.

Meu herói.

Me defendia de bicho papão, de cachorro brabo e de cobra. Me botava no colo e me deixava segura. Me ensinou muitas das coisas mais valiosas que eu sei hoje, sobre gente, sobre planta, sobre politica, sobre pedras, sobre amor. Tem gente que não tem paciência pra ele quando começa a contar histórias. Eu adoro as suas histórias.

Meu amor.

Mesmo longe sempre esteve perto. De longe a gente passeava dormindo, combinava nossos encontros em qualquer lugar do mundo. Ele diz que quando a gente dorme nossos
espíritos podem fazer o que quiser. E eu acredito em tudo o que ele diz.

Meu professor.

Me ensinou a fazer arroz, macarrão e bolo sem receita. Me ensinou que a distância não destrói os laços, fortifica. Descobriu, quando nem eu mesma sabia, o que eu ia ser quando crescesse. Me dá força sempre que eu preciso. Me ensinou que a vida tem altos e baixos, mas que nós é que damos direção a ela.

Meu pai.

Ontem, pela primeira vez, eu o vi frágil. Pela primeira vez eu o ouvi chorar. Queria poder estar do seu lado. Queria poder retribuir o colo, os afagos, os beijos. Queria dividir com ele a dor da perda. A perda de um irmão, amigo e companheiro não é fácil. Queria poder ajudar mais. Sofro com o seu sofrimento e espero que o tempo abrande o seu coração.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Exercício de Descrição

"Entrando pela porta tem uma espécie de corredor, um pequeno hall. Se olhar pra cima, vê um armário alto. Lá estão guardados lençóis. A direita tem o interruptor de luz, uma sapateira enorme e recheada e um espelho de corpo quase inteiro. A esquerda um cabideiro de parede cheio de coisas penduradas, roupas, bolsas e um ursinho de pelúcia também. A esquerda ainda, preso numa viga no teto, um mensageiro dos ventos cor de rosa choque.

Entrando de verdade vemos o todo. A esquerda tem uma estante alta e cheia de livros, papéis, caixinhas para bijuterias (todas transbordando de coisas) e mais um monte de coisas. Um pouco a frente uma mesa em L para o computador, com uma gaveta embaixo e mais duas prateleiras cheias de pastas. Em cima da mesa duas estantes estreitas. Tanto na mesa quanto na primeira estante mais um monte de caxinhas com brincos, pulseiras, relógios e colares. Na estante mais de cima ficam os dvds e alguns livros também.

Do outro lado, a direita, está todo o resto. Duas camas no meio, sempre com lençóis e colchas iguais, um travesseiro em cada e duas almofadas. No meio das camas tem um criado mudo novo, branquinho. O criado tem uma prateleira dividindo a parte de baixo em duas. A coleção de Harry Potter fica ali. Tem um abajur branco. Ele é novo também.

A janela é bem grande e fica na frente das camas e a cortinha é uma persiana rosa bem clarinha. Ah, do lado da janela tem um quadro de metal vermelho cheio de ímãs diferentes. Tem um que parece um mosquito, tem um com a forma da garrafa da coca cola, tem várias flores e uma árvore também. E tem um em forma de boca carnuda.

Na parede da direita, lá no final, fica o guarda roupa. É grande e ocupa a parede toda. Tem uma parte minha, uma parte da minha irmã e um no canto que nós dividimos. Em cima em um maleiro enorme. Em um estão toalhas de banho, em outro estão as colchas e cobertores, e no do canto tem um monte de coisas.

Tem ainda um ventildor de teto. O chão é de madeira e as paredes brancas."


Quando a gente começa a estudar outra lingua, faz vários exercícios de descrição. Deveria se treinar mais isso em português também, quando a gente começa a escrever. Tem gente que até hoje, depois de passar pelos ensinos fundamental, médio e superior, ainda não sabe fazer isso.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Despair

As vezes a gente se vê envolto num mar de desepero que parece não ter fim. Nada parece estar certo, nada é bom o suficiente, as coisas ficam embaralhadas e sem sentido. A gente não entende o que está acontecendo, nem com a gente nem com os outros, que parecem cobrar cada vez mais a nossa presença, a nossa atenção ou o nosso trabalho. No final, nada dá certo.

Bate uma tristeza, uma vontade de desistir, de entrar embaixo da cama e ficar por lá durante uma semana. A frustração de não alcançar os nossos objetivos nos deixa fracos e com um sentimento de impotência tão grande que cega a gente pro resto da vida.

Posso dizer que nos últimos anos isso já aconteceu comigo algumas vezes. Cada hora por um motivo diferente. Às vezes a gente superestima alguns problemas e subestima o que pode nos alegrar apesar deles. Os problemas não somem de uma hora para outra e em muitos momentos somos impotentes mesmo diante deles. Deixar que eles tomem conta da nossa vida no lugar das coisas boas que podemos aproveitar é estupidez. E sei disso por ter sido muito estúpida até hoje.

Descobri há pouco tempo e depois de cair bastante, que a maneira como encaramos a nossa vida, os nossos problemas faz toda a difenrença. Depois de muito tempo descobri que os ensinamentos de Poliana é que estavam sempre certos. Se eu tivesse ouvido ela aos 10 anos, quando li o livro pela primeira vez, não teria passado por tantos percalços.

Do meio pro final do ano passado passei por uma fase bem deprê. Descobri que cada coisinha boa durante o dia anula uma coisa ruim que nos atazana. Uma conversa amiga, um beijo carinhoso, um abraço protetor, compras no sábado a tarde, o sovete que a gente mais gosta, uma dose de tequila, ver um bom filme no cinema, andar por um lugar bonito só por andar...

Descobrir o que nos afasta das coisas ruins é imprescindível. E muitas vezes uma figa no pescoço e um banho de sal grosso ajudam bastante!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

De volta

Um dia eu acordei e as coisas estavam muito diferentes. Eu estava deitada numa cama que não era a minha, numa casa que eu não conhecia, com pessoas que eu nunca tinha visto me chamando por um nome que não era o meu. Lembrei daqueles filmes estranhos onde colocam as pessoas no hospício por causa de confusões tipo essa, então fingi que estava tudo normal.

Levantei e vesti uma roupa estranha. Bem, eu sempre gostei de roupas estranhas, então isso não foi um problema. O meu tamanho parecia o mesmo, minha aparência também. Pelo menos isso. Os móveis não pareciam com os móveis que conhecemos, assim como todos os objetos de dentro de uma casa normal. Levei mais de uma hora no banheiro para entender a dinâmica das coisas de lá.

O café da manhã beirava o bizarro, mas só na aparência. As cores eram esquisitas, as formas eram piores ainda. O gosto, no entanto, era muito bom. Tentei engatar uma conversa com a galera da casa pra ver se descobria alguma pista do que estava acontecendo. Ninguém conseguiu me esclarecer muita coisa, mas descobri que só teria que trabalhar no final do dia. Trabalho noturno, isso parecia interessante. Só não sabia ainda qual era o trabalho, mas tudo bem.

O dia passou corriqueiro. Dei uma busca em todo o quarto pra ver se descobria alguma pista. Nada. Saí pelas ruas e elas eram estranhamente familiares. Tinha certeza que nunca tinha passado por nenhuma delas, mas sabia andar nelas. Apesar de toda a situação ir ficando cada fez mais surreal durante o dia, eu estava me acostumando com tudo aquilo.

Comecei a pensar o que aconteceria se não achasse um caminho de volta pra casa, pro meu mundo. Depois de um tempo refletindo sobre isso, começaram as dúvidas. Será que estou num sonho? Parecia muito mais real que um sonho. Se fosse sonho eu conseguiria voar mas, na dúvida, claro que não pulei de um p´rédio, mas de uma muretinha de cerca de um metro de altura. Quase me estaboquei no chão. E se a minha outra vida fosse um sonho? As coisas eram estranhas, mas não ao ponto de me assutarem, me sentia realmente aconchegada nessa realidade paralela. Por que, sim, podia ser uma espécie de realidade paralela, uma viagem do tempo mal (ou bem) sucedida.

Não sabia mais o que fazer ou pensar. Nada parecia fazer muito sentido, mas tudo estava em seu lugar. Não era alguma coisa que me deixasse em pânico, epo contrário, começou a ser bem divertido. Passava por algumas pessoas familiares na rua e falava com elas. Algumas retribuiam e outras não. Vai ver eu estava confundindo os amigos antigos e os novos. Que confusão estava a minha cabeça.

Parei e me concentrei. Voltei para a minha(?) casa. Tinha uma caixa que lembrava uma tv e umas imagens psicodélicas, coloridas e amorfas, quase hipnotizantes. Não me encheu os olhos e eu voltei ao quarto. Ainda era cedo para ir ao trabalho. Não sei como, mas sabia disso. Resolvi tirar um cochilo. Quem sabe a confusão não se desfazia.

Acordei pouco tempo depois. Estava tudo igual, quer dizer, diferente ainda. Levantei e fui trabalhar. Precisava me inteirar da nova rotina pois parecia que eu continuaria muito tempo ainda por ali...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ciclos e Metáforas

Alguns ciclos se fechando e outros se abrindo. Nesse meio tempo coisas boas acontecem e algumas outras se perdem pelo caminho, ou pelo menos ficam em stand by enquanto resolvemos o que achamos mais importante.

Quando eu era pequena meu pai costumava me explicar coisas muito complexas para uma criança. Coisas que eu não entendia muito bem, mas sempre deixei como informações guardadas e com o tempo e o conhecimento adquirido ao longo dos anos esclareci cada uma das conversas que tivemos.

Numa dessas conversas ele me falou sobre a roda da fortuna e como a vida é composta por altos e baixos. Que a vida da gente é como um ponto na extremidade da roda de uma carroça, que seria essa a roda da fortuna. Que as nossas decisões que direcionam a roda pra cima ou para baixo e que se a gente direcionar nossa roda pra cima, mesmo o pior momento de hoje não será tão ruim quanto o de ontem, mas se direcionarmos a roda para baixo aí o melhor de hoje pode ser ainda pior que o pior de ontem. Não sei se dá pra entender direito assim, na época ele teve que desenhar pra eu entender essa parte.

Bem, essa história toda foi pra mostrar que a vida não segue numa linha reta, que as coisas nem sempre são boas, mas também não são sempre ruins. Que a gente pode dar a direção e sentido, mas que os altos e baixos, buracos e lombadas, estão fora do nosso controle.

Sempre gostei das metáforas do meu pai.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Realizando sonhos


Sonhei há muito tempo com ela. Há dois anos eu a procuro sem sucesso. Parece fácil, mas não é não. Procurei em todos os lugares possíveis e imagináveis, tanto aqui em Salvador quanto na internet. Achei algumas parecidas, mas nada como ela. Ela é linda, perfeita. Estou feliz, só de saber que ela existe, não é fruto da minha imaginação. Em breve realizarei esse meu sonho!
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http://www.sugarshoes.com.br/

terça-feira, 28 de abril de 2009

Criatividade, de novo

Bem, de nada me adinatou tanta criatividade nesses últimos dias. Minha cabeça está funcionando a mil mais na prática mesmo nada de novo. Odeio quando eu fico assim, hiperativa mentalmente. Penso em várias coisas ao mesmo tempo, começo várias outras, mas nada chega no final. Há uma semana tento arrumar meu guarda roupa, organizar a casa, terminar de ler um livro...

Poisé, tentarei controlar meus impulsos cerebrais desregulados e me encaixar numa rotina mais normal. Assim, quem sabe, acabo tendo mais tempo para tudo o que eu quero (e preciso) fazer. E mais tempo também para expor toda essa criatividade!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Criatividade

Lembrei hoje de uma amiga muito querida.

Estava pensando como ando criativa nesses ultimos dois dias, pensando mais do que fazendo qualquer coisa, tudo bem, mas pensando bastante. Queria uma maneira de expressar essa criatividade, mas não estava conseguindo. Foi aí que lebrei dessa frase dela. Vira e mexe ela me diz: "Parece que comeu coco!"

Espero que não achem escatológico, mas achei que nesse momento fez um sentido enorme. Que outra maneira de brotar tantas coisas senão com adubo?

Pois é gente, acho que ando comendo coco.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Chuva

Estou feliz com a chuva dos últimos dias. Gosto quando chove. Gosto mais ainda de dormir quando chove! E quem não gosta?

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Estava notando, não sei se choveu pouco (acho que não), mas vários lugares que costumavem inundar não estão inundando mais. Já consigo sair de casa sem engarrefamentos mesmo embaixo de um pé d'água enorme. Espero que isso seja algum sinal de evolução.

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Ao mesmo tempo que chuva é bom, é ruim por que mostra um monte de coisas que você fingia que não precisava, mas precisava consertar. Uma infiltração em casa ou no carro, um sapato com a sola mais ou menos, uma sombrinha com um ferrinho quebrado. Não tem muito problema, com o tempo a gente arruma tudo e quando quebrar de novo, a chuva já passou.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Vontade

Nada do que eu escrevo parece certo ou apropriado. Todo dia eu abro a janela do blog e escrevo textos enormes que eu apago logo depois da primeira leitura.

Estou em uma fase de suspensão onde nem eu sei mesmo se o que eu estou pensando é concreto ou abstrato. As palavras saem sem lastro, sem sentido, sem poder, sem verdade. Um amontoado de letras, uma sopa insosa difícil de engolir. Assim sendo, não acho que eu deva escrever mais nada até recuperar a vontade, ou a boa vontade.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Navegar Impreciso

Gosto dessa musica. Vi hoje a letra depois de muito tempo sem ouvir nem lembrar dela.

"A pátria-avó se volta sem memória
De todos estes anos de amor
Um amor sem beijo e sem resposta
Responde agora a uma nova sedução
Teus Joaquins, teus açougueiros, filhos de uma mãe-avó
Os bons e os maus tratos que te dei
Sucumbem com tamancos, camisetas sob a lei
Que ouviste a nova-velha Europa a te ditar
E voltas tuas costas para mim
Voltas tuas costas para o mar
Prás tuas conquistas, pro teu navegar
Prá tua cruz de malta sobre o azul
Um dia foste forte e generosa
Mas hoje tua memória não tem sul
Não é porque já não se usa navegar
E nem é por tua idade, eterna sois
Mas nunca mais a nossa velha intimidade
O sabor inigualável dos teus pães

Grandmother,
You turn your back with no memory of all these years of love
A love without kiss or commitment responds to a new seduction
Grandmother,
I am your Joaquim, your butcher
The good and bad times I gave you
Succumb with your clogs and vest to the law the Europe dictates
And you turn your back on me
You turn your back to the sea, to your conquests, yournavigation
Your maltese cross on the blue
Once you were strong and generous, now your memory has no south
Not because you no longer sail, nor for your age, you are eternal
But never again our old intimacy
That unique taste of your bread."


-Herbert Viana

quinta-feira, 19 de março de 2009

Alice no País das Maravilhas

Estou quase terminando, falta apenas um capítulo, mas preciso desabafar.

A não ser que esse último capítulo tenha uma reviravolta louca e por algum motivo incompreensível mude completamente minha opinião, não gostei desse livro.

Sou louca por literatura infantil, principalmente por causa da falta de barreiras quando o assunto é fantasia. No mundo das histórias infantis pode tudo. Deus Leão, Urso Guarda Costas, viagens intergaláticas, lobos que moram dentro das paredes.

Até aí não existe do que reclamar. Muitas das situações são extremamente interessantes, como a rainhda de copas e seus servos cartas de baralho ou a lebre que brigou com o tempo e agora é sempre hora do chá. O problema é a linguagem e a falta de foco. A primeira coisa que um escritor de histórias infantis precisa entender é que ser criança não é ser burro, tapado. Crianças tem uma percepção muito mais dilatada do que a nossa, de adulto. Crianças precisam ser tratadas como iguais para desenvolverem-se em sua plenituda. Senão crescem como adultos burros.

Eu até tentei dar um desconto por causa da época que ele escreveu, mas mesmo assim... não desceu de maneira nenhuma. O livro não tem um ponto, uma moral, nenhuma situação de desenvolve por completo, nenhum diálogo termina, nada tem explicação. E nem vem dizer que essa é a graça por que isso não tem graça nenhuma.

Talvez eu esperasse demais e tenha me decepcionado, pode ser. Pode ser menos bom do que eu queria que fosse... acho que vou tentar encarar por esse lado. Um filho meu só lê esse livro se quiser, depois de grande. Eu não dou nem leio ele pra uma criança.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pensamentos

Ontem a noite ao sair do trabalho foi cansativo, mas muito legal. Fiz um monte de coisas. Comi um cachorro quente na hora do almoço e me sujei toda, isso no meio do posto aqui do lado do trabalho. Um horror! rs Sai daqui e atravessei a Paralela pra pegar um ônibus. Fui com um pessoal aqui do trabalho e nós paramos no ponto e ficamos comendo beiju e conversando até o ônibus chegar. Foi aniversário da minha mãe e a casa estava cheia de gente. Conversei com a minha cunhada que eu não via há quase um mês, fiz minhas unhas eu mesma, li mais uns dois capítulos de "Alice no País das Maravilhas" (quando terminar farei comenários) e dormi muito, mas não bem. Nem tudo é perfeito, né?

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Recebi hoje um e-mail de Neil Gaiman. Quer dizer, é o mailing da página dele que conta as novidades sobre ele. Esse, especialmente, foi ele quem escreveu para contar do lançamento do seu novo livro. Os dois últimos livros que ele lançou, esse que chama "Blueberry Girl" e outro "The Graveyard Book", são infantis. Ele é bom em histórias infantis. Outro livro mais antigo, "Coraline", virou filme agora e eu estou louca pra ver. Estou ansiosa pelas traduções desses dois lançamentos.

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Não saí pra almoçar hoje e já estou arrependida. Comi um negocinho aqui e sei que vou sentir fome daqui a pouco. Pelo menos ganhei uma trufa, que vai ser o meu lanchinho da tarde.

terça-feira, 3 de março de 2009

O Crepúsculo dos emos

Estava lendo uma reportagem no site da Época que me deixou revoltada. Não com a matéria em si, mas com os comentários feitos a ela.

O texto fala sobre o fenômeno tanto do livro quanto do filme "Crepúsculo" e o classifica como filme emo. Até aí nada demais, uma crítica cinematográfica normal, com algumas opiniões com as quais se pode concordar ou não.

Eu não li o livro nem vi o filme. Confesso que não me atraiu muito das vezes que o vi nas livrarias. O que me deixou revoltada nesse caso foi a maneira como se atacou tanto o livro, com comentários como romancezinho superficial, como os adolescentes, chamados de acéfalos. Muitos outros adjetivos pejorativos foram usados, mas eu não vejo por que repetir.

Pensando pouco e sem me esforçar muito, consigo fazer uma lista tanto de livros quanto de filmes que são extremamente superficiais e mal escritos (na minha modesta opinião), entre eles vários tidos como clássicos. São poucos, no entanto, que eu classifico como de nenhum valor.

Que exista um mercado de livros e filmes criados para os adolescentes atuais é bastante normal. Antes criair neles o hábito de ler livros. Antes usar histórias sobre um anti-herói que quer salvar a sua donzela em perigo sem nenhum interesse onde a cena mais ardente tem como ápice um beijo entre os protagonistas (único no filme inteiro) do que películas recheadas de violência, nudez e sexo gratuitos.

Aprovo livros superficiais para adolescentes. Eu mesma comecei a ler com histórias de Paulo Coelho e romances policiais.

Um professor muitíssimo inteligente que eu tive e que lecionava estética na UFBA uma vez passou como tarefa que lêssemos um daqueles romances de banca de jornal, com nomes de mulher. Nós líamos diariamente em suas aulas os grandes pensadores gregos, filósofos alemães e muitos outros grandes escritores e ele queria que nós tivéssemos outras experiências.

Ler essa reportagem só me fez lembrar como eu odeio rótulos. Algumas pessoas podem dizer que eu não tenho filtro. Eu prefiro dizer que eu tenho disposição, curiosidade e boa vontade. Conhecer coisas novas sempre traz algo positivo. Por isso mesmo vou ler não só esse livro, mas toda a trilogia. Depois eu conto a minha opinião!

segunda-feira, 2 de março de 2009

"Carnaval, carnaval, carnaval. Eu fico triste quando chega o carnaval."

Isso é Luiz Melodia...

Eu não fico triste quando chega o carnaval não, mas tinha uma música dos Titãs que começava assim e eu sempre lembro no carnaval. Eu gosto de carnaval, não da festa em si, mas do feriado. Quase uma semana de férias. Aí a melhor coisa que tem é viajar.

Ano passado eu passei o carnaval em Brasília. Todo mundo lá achando que eu era meio maluca, sair de Salvador pra passar o carnaval em Brasília. Mas foi muito legal. Lá tem bloco de rua e festa de clube com banda de axé. Foi tudo muito divertido mesmo.

Esse ano fui pra Maceió, lá nem isso tem. Tem barraca de praia com ar condicionado e que toca rock. O melhor restaurante da cidade é de comida peruana e é muito bom mesmo.

Foram boas viagens de carnaval. Ano que vem tem mais. Tomara que a próxima seja tão boa como as duas últimas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um dia de cada vez

Um dia eu ainda entendo a fixação quase mórbida pelo futuro. Digo que é mórbida por que esse comportamente quase sempre impede que a gente se concentre no presente como deve ser. Difícil mesmo é parar para viver agora e esquecer do que será de amanhã.

Há mais ou menos um ano resolvi que viveria numa espécie passo a passo, tipo aquele dos alcoólicos anônimos. Vivendo um dia de cada vez. Isso foi quase sempre bom, mas também foi ruim. Um dos problemas que tive foi gastar dinheiro demais. Nessa de aproveitrar a vida a gente acaba esquecendo das contas no fim do mês. Em compensação, posso dizer que não passei vontade: fui onde quis, fiz o que me dava na telha, comprei o que tinha vontade.

Juntando no fim das contas todas as experiências, cheguei a conclusão de que se eu fosse muito rica eu ia viver assim mesmo, um dia de cada vez, sem me preocupar com o amanhã. Como eu não chego nem perto de ser rica (ainda, com muita fé um dia serei) tenho que encontrar um meio termo antes que eu declare falência pessoal.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sorte

Uma vez, andando pela Av. Paulista com um grupo de amigas, encontramos um daqueles macaquinhos que tira a sorte. Não me lembro quanto pagamos na época, mas foi bem baratinho. O rapaz girava uma manivela e uma musiquinha embalva o macaquinho que pegava um papel e nos entregava na mão.

Aruumando uma carteira antiga encontrei esse papel, tantos anos depois. Sou muito impressionada com esse tipo de coisa e não acredito muito em coincidências. Por que será que dentre tantos papéis logo aquele tinha sido o meu? Por que o meu texto era tão bonitinho e meigo enquanto os de algumas de minhas companheiras eram, no mínimo, desagradáveis. Acredito nessas bobagens, tenho que admitir.

A primeira parte tinha muito de mim mesmo. A segunda parte, nem tanto. Descrevia, na verdade, uma situação que nunca acontecera e que naquela época eu julgava impossível de acontecer. Pois bem, guardei o bilhete e nunca mais me lembrei dele.

Ontem, quando abri de novo o papel e li os seus dizeres, quase caí para trás. Não é que toda aquela parte que eu não reconheci aconteceu exatamente como estava escrito? Sempre que acontece uma coisa dessas minhas crenças se fortalescem ainda mais, não tem jeito. Acho mesmo que o macaquinho, naquele dia, tirou a minha verdadeira sorte.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Compulsão

Estava conversando um dia desses com a minha irmã sobre alguns dos meus (maus) costumes. Ultimamente estou bem feliz pois consegui deixar de lado minha metade consumista ao extremo e estou há um pouco mais de seis meses sem fazer grandes aquisições. Tirando um tênis que comprei há uns três meses, por que estava precisando, não compro sapatos há um bom tempo. Bolsas então, nem pensar. Entrei na liquidação da Zara e não comprei nem uma calça jeans (e isso era impensável até uns tempos atrás, aliás, minha última compra grande foi na promoção do meio do ano na Zara mesmo).

Voltando a conversa, cheguei a uma conclusão catastrófica: não consigo viver sem uma compulsão. Na verdade, troco uma pela outra. Quando não compro, como, e vice-versa. Estou há seis meses sem comprar, mas comendo feito uma porca. Resultado: estou gorda e mal vestida. Foi aí que minha irmã entrou com um comentário extremamente pertinente. Segundo ela eu tenho que tentar inverter minhas compulsões, comprar roupas, bolsas e sapatos com o dinheiro que gasto em comida e deixar de comer. Assim ficarei magrinha e chiquérrima.

Infelizmente, no entanto, não existe um botão onde eu mude esse meu comportamento. De qualquer maneira, estou empenhada em fazer essa mudança. O ano novo veio com um novo conceito de decisões e agora estou agindo por trimestres. Essa é uma das metas a serem alcançadas até março, no meu planejamneto anual. Espero que o cronograma seja cumprido.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Distância

Minha irmã está indo embora nesse fim de semana. Passou numa residência em São Paulo e vai morar lá durante pelo menos dois anos. Estou muito feliz por ela, mais feliz por ela ir fazer algo que sempre sonhou do que triste por ela não estar mais todos os dias do meu lado.

Não sei se é pelo costume, mas não vejo a distância geográfica como um problema em relaçoes de amizade. Namorar a distância deve ser ruim, por que namoro tem toda uma parte que exige a presença física, e eu não sei se ia conseguir ficar muito tempo com um namorado longe. Mas amigo é diferente. E minha irmã, apesar de todas as brigas e muito por causa delas, é uma das minhas melhores.

Digo que sou acostumada por que meu pai sempre esteve muito longe de mim e dos meus dois irmãos mais novos, geograficamente, mas participou efetivamente da nossa criação. Sempre esteve muito presente na nossa vida, apesar da distância. Conheço muitos pais que moram com filhos na mesma casa e não tiveram influências tão positivas em seus filhos como o meu pai.

Assim, posso dizer, que não acho que a relação com minha irmã ficará diferente por ela estar longe. Sei que será bem diferente, afinal, desde que ela nasceu (eu tinha um ano, então desde que eu me entendo por gente) nós dividimos tudo: mãe, pai, quarto, brinquedos, pacotes de biscoito, amigos. Mas sei que continuaremos presentes uma na vida da outra, como meu pai nos ensinou.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Anarquia

Segundo o meu pai esse fragmento de texto define o pricípio da anarquia. Dessa maneira posso me considerar uma anarquista, eu acho.

Assim que li lembrei dele. Peguei logo uma caneta e copiei do livro. Acho que às vezes as pessoas escrevem as coisas e não tem noção da profundidade do que escreveram, mas às vezes tem sim. Não sei qual foi esse caso. De qualquer maneira o livro é bom e estou apenas no começo. Tomara que tenha outras pérolas como essa.

"Contanto que o homem tenha coragem de rejeitar o que a sociedade lhe diz para fazer, pode viver a vida segundo seus próprios termos.
E para quê?
Para ser livre.
Mas livre para quê?
Para ler livros, para escrever livros, para pensar."


- Desvarios no Brooklin - Paul Auster

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Problemas!?!

Voltei a trabalhar e agora só faço isso o dia inteiro! Justo, vocês podem dizer, já que o salário é pago pra isso. Sim, eu respondo, mas nem respirar direito eu ando conseguindo!!!

Durante o final do ano as pessoas param, relaxam e deixam os problemas par serem resolvidos no ano novo. Poisé, é aí que eu entro. Se fosse para dar um nome real ao cargo que eu ocupo, poderíamos dizer que sou uma "resolvedora de problemas". Ultimamente, no entando, tenho mais problemas (dos outros) do que tempo de resolvê-los. Felizmente adoro quando isso acontece.

Fico por aqui pois estou sem tempo de escrever mais do que isso (ainda estou espantada de ter conseguido escrever alguma coisa!). Volto então aos meus problemas!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Férias! (voltando das...)

Um pouco mais de dez dias de férias... Pensei que seria pouco, mas foi o suficiente. Não ia reclamar se tivesse que passar mais uma semana de pernas pro ar acordando ao meio dia, mas esses ultimos dias valeram a pena.

Não fiz nada do que tinha programado. Queria viajar e não viajei. Queria ir a praia todos os dias, andar na orla e levar o cachorro pra passear. Comer melhor, dormir melhor. Nada disso.

No final, fiz farra quase todos os dias, bebi demais, comi demais, acordei tarde, vi muito mais tv do que de costume, acabei de ler um livro que tinha começado há algum tempo (alguma coisa produtiva, pelo menos), fui passear no Bomfim, fui na praia uma vez só, levei o cachorro pra passear uma vez só também. Posso dizer que minhas férias foram maravilhosas.