quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Sabe quando a gente cai e rala o joelho? Não adianta ficar passando pomadas, colocando curativos. Há muito tempo, depois de um tombo no meio da rua, joelho ralado no asfalto, ferida daquelas que sangram feito filme de terror, eu descobri que:
- primeiro precisamos esperar a reação do nosso próprio corpo. Cada um tem um tempo de cicatrização e nada vai fazer isso mudar. Simplesmente aceita o tempo do seu corpo e ajuda ele, apara o cascão, não futuca a ferida e espera.
- não é aconselhável abafar a ferida. Ela precisa ficar exposta, respirar. Ferida guardada não cicatriza, ou demora muito mais.

Os ferimentos curam de dentro para fora. A cicatrização acontece num processo próprio e o corpo sabe o que faz pra se regenerar e se curar. Tem cicatriz que ainda dói durante muito tempo, tem outras que fazem você ficar com uma parte do corpo completamente insensível. Isso tudo a gente só sabe depois que o machucado fecha e vira uma marca. Tem uns que somem com o tempo, tem outros que ficam pra sempre pra lembrar do que aconteceu.

E tem que tomar cuidado com o machucado pra não ferir de novo antes da cicatrização completa. Pq aí qualquer arranhãozinho pode parecer uma tragédia. Então toma cuidado pq tem também aquele curativo que a gente acha que vai fazer bem e gruda na ferida e machuca tudo de novo. Não dá certo querer apressar o tempo do seu corpo. Só o que nos resta é relaxar, curtir o molho que a ferida faz a gente passar, cuidar da gente mesmo pq só a gente sabe do que realmente precisa pra ficar confortável enquanto passa por um processo de cura.




quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ah, o amor! Tanto se fala sobre o amor, mas o que sabemos sobre ele? Quanto mais a gente vive o amor menos a gente sabe. E quanto mais a gente tem, mais a gente quer. O amor é um vício que transforma a alma. E ele está nas pequenas coisas da vida, vai muito além da relação entre duas pessoas. O amor é um presente que a gente dá para o mundo.

Encontrei ao longo dos meus rascunhos do blog esses pequenos textos que eu chamei de fragmentos de amor. Foram escritos em momentos diferentes mas falam sobre a mesma coisa.

Conquista. Sintonia. Amizade. Amor.

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- Por que você está me olhando desse jeito?
- Por que eu quero.
- Por que eu quero não serve, de verdade, me diz!!
- Por que eu gosto de olhar pra você.
- E por que você gosta de olhar pra mim?
- Aí eu não sei te dizer, mas eu gosto.
- Assim você me deixa sem graça.
- Metade da graça é te deixar sem graça.

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- Eu não estava te procurando quando você me achou.

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- E agora que eu não posso mais te dizer tudo o que eu penso, como eu faço?
- Usa a criatividade.
- Mas eu nem sei se você ainda quer me ouvir...
- Tenta. As vezes o que você quer dizer é exatamente o que eu preciso ouvir.
- Como eu vou saber?
- Você não vai.
- Mas aí eu fico aqui falando um monte, parecendo uma louca.
- E qual o problema? O que as pessoas vão achar é o problema?
- Não, você sabe que eu não ligo para o que as pessoas acham.
- Então, sim, você pode dizer tudo o que você pensa. E talvez, sim, eu vou querer ouvir o que você tem pra dizer. Tenta. Pq pra conseguir, antes de tudo, você precisa tentar.

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E como num conto de fadas os olhos se cruzaram e a gente sabia. Antes mesmo a gente já sabia. E os olhares se encontraram. E o sorriso foi espontâneo. A conversa fluiu. Duas pessoas que querem mas não sabem o que. Simplesmente sabem que querem. É tão fácil e confortável a companhia um do outro. E a gente aproveita cada minuto com palavras, toques e silêncios aconchegantes.