quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lições de Vida

"A palavra vale prata, mas o silêncio vale ouro" dizia o senhor Luiz Francisco, meu pai. Dona Kátia Maria, como uma boa mãe, sempre foi mais direta: "Cala a boca, menina, por que calada você já está errada!".

Lições que vem da infância e que, quase sempre, eu levo comigo por onde eu vou. Cada dia mais eu penso antes de abrir a boca. Falo besteira, faço piada com os meus amigos, mas fora isso ando cada vez mais muda. Três fatos aconteceram nos últimos meses. Três vezes eu falei o que achava e três vezes me arrependi. Descobri coisas interessantes sobre o ser humano, no entanto, mais algumas lições para se juntarem aos ensinamentos dos maus pais.

Primeiro: ninguém quer a sua opinião, não de verdade, nem mesmo quando te pedem. E o mesmo serve para o seu conselho.

Segundo: se pra se safar de algum problema uma pessoa precisar "parafrasear" uma frase que não é exatamente sua, ela vai fazer.

Terceiro: as pessoas só se lembram das partes do seu discurso que elas querem lembrar. E das que precisam para se sentirem bem.

Quarto: ninguém pensa exatamente como você, mesmo quando diz que pensa.

Quinto: no final, errado é quem ouve os problemas dos outros e depois diz o que pensa e dá conselhos.

Resumo (e esse é um conselho, quer você queira ou não): se for seu amigo, ouça os problemas, dê colo, carinho e o que quer que você queira mais, menos a sua opinião. Você pode se arrepender. E se for só alguém que você conheceu, manda procurar um psicólogo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Certinha?

Eu sou uma pessoa chata. Gosto de andar na linha, de fazer as coisas conforme o figurino. Sigo, quase sempre, as regras que tem que ser seguidas. Caxias pode ser um dos adjetivos pra me descrever. Isso tudo não é por que eu sou uma boa pessoa, ou por que eu sou certinha, santinha. O que eu não gosto é de tomar uma regulada. Não gosto que me digam que eu estou errada. Esse comportamento aparentemente altruísta é pra esconder a minha porção mais egoísta: eu gosto de estar sempre certa. Eu quero ter razão e a melhor maneira de fazer isso é usar padrões, convenções e boas maneiras. Falar bem e baixo. Se não for ajudar, pelo menos não entrar pra atrapalhar. Isso pode nunca ter me dado prêmios, mas não é atras de reconhecimento que eu ando, de gente batendo palma pra mim dizendo como eu sou legal. Então não me venha dizer que você sempre foi bom e nunca recebeu nada em troca. Não venha me pedir pra fazer coisa errada por que fazer o certo nunca te trouxe nenhum benefício. Nunca abaixei minha cabeça pra fazer o que o chefe mandou, nem quando brincava de índio e agora, burra velha, é que eu não tenho mais estômago pra isso. Quer fazer errado, faça você. E não se preocupe, eu não sou daquelas pessoas que dizem "Bem que eu falei!"...